Após “bater o pé” e manter o bloqueio para início das obras do BRT (Bus Rapid Transit), em 2024, na Capital mato-grossense, Emanuel Pinheiro (MDB), prefeito de Cuiabá dobrou a aposta. O chefe do Executivo municipal anunciou que dará andamento aos trâmites para licitar a obra do modal cuiabano estimado em R$ 5 bilhões. O novo modal que aproveitará partes do projeto inicial, previsto para a Copa do Mundo de 2014, não incluirá a cidade de Várzea Grande está sendo analisada pelo Ministério das Cidades e do Transporte.
De acordo com o prefeito, a equipe da Prefeitura de Cuiabá se reunirá com os técnicos do Ministério das Cidades para acertar os últimos detalhes. Depois disso, Jader Fontenelle Barbalho Filho, ministro de Cidades visitará Cuiabá para ver a viabilidade.
“A previsão é que até em março o governo Lula anuncia todas obras do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Mas nós já vamos preparar o processo de licitação desde já, para chegar em março com tudo certo e iniciar essa grande obra de modernidade para os cuiabanos. Eu serei apenas o tocador da obra”, disse com exclusividade à Gazeta.
Além disso, Pinheiro explicou que a obra será 100% com recursos do governo Federal, por meio do PAC. ‘Brigo pelo VLT desde 2011, quando era deputado estadual. O VLT é um modal da modernidade, com sustentabilidade, de desenvolvimento urbano, de qualidade vida. A nossa contrapartida será o investido no projeto anterior do VLT, como a melhoria asfáltica da prainha, as licenças ambientais, as desapropriações feitas e o aproveitamento que já foi feito do VLT na prainha, avenida Fernando Correa e Avenida do CPA‘, concluiu.
O deputado Emanuelzinho (MDB) disse que as negociações foram feitas junto ao secretário executivo do Ministério das Cidades, Hildo Rocha (MDB). Após o cadastramento do projeto inicial, no sistema feito no fim do ano passado, o representante ministerial teria aprovado previamente e solicitado uma requalificação do projeto. “O governo federal viu como absurdo abandonar uma obra de mobilidade urbana com 70% dela já consolidada. Por isso essa obra entrou como prioridade”, disse.
Segundo ele, agora é esperar a visita dos técnicos do Ministério das Cidades para que eles possam analisar a viabilidade técnica do modal com novo traçado. ‘Abandonar o VLT foi um erro do governador Mauro Mendes que por questões políticas decidiu vetar um modal de transporte moderno e eficaz para a população cuiabana e várzea-grandense. A política tem que ser maior que isso. Temos que deixar o interesse público sempre acima dos individuais‘, completo do deputado federal.
A reportagem do jornal A Gazeta tentou entrar em contato com o secretário-executivo, Hildo Rocha; com o secretário de mobilidade, Denis Andia, e com o assessor Gustavo Rodrigues Soares – todos da secretaria executiva do Ministério de Cidades, mas não obteve sucesso até o fechamento dessa matéria. O secretário-adjunto, Antônio Vladimir, informou que estava no período de férias e que não teria informações sobre a questão.
Fonte: gazetadigital.com.br