Mato Grosso vem batendo recordes quando se trata de pagamento de tributos. De 1º de janeiro a 21 de junho deste ano, por exemplo, foram enviados aos cofres dos governos federal, estadual e dos municípios mais de R$ 19,84 bilhões. As cifras registradas em tempo real pelo ‘Impostômetro’ revelam uma alta anual de mais 11,21%, já que em igual momento do ano passado o painel havia registrado R$ 17,84 bilhões. Em cifras, nessa comparação anual a arrecadação cresceu R$ 2 bilhões.
Além do avanço do peso da carga tributária sobre os contribuintes mato-grossenses, os dados do ‘Impostômetro’ mostram a velocidade com que os tributos são arrecadados. O valor atual – pago em impostos, taxas, contribuições e multas – ocorre 20 dias antes em 2022 quando comparado a 2021. No ano passado, esse montante havia sido registrado apenas no dia 11 de julho, quando bateu arrecadação de R$ 19,85 bilhões.
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O ‘Impostômetro’ no telão na sede da Fecomércio/MT – em frente à entidade – divulga em tempo real a arrecadação à população e mostra que apesar de Mato Grosso representar apenas 1,25% do total arrecado no País, as cifras vão se superando mês a mês na comparação anual.
De 1º de janeiro deste ano até o dia 2 de junho, os mato-grossenses, assim como os brasileiros, trabalharam 153 dias apenas para pagar impostos. A alta carga tributária no Brasil obriga a população a passar, em média, cinco meses do ano trabalhando somente para pagar tributos. De janeiro a junho deste ano, por exemplo, o Brasil também contabiliza arrecadação recorde para o período, totaliza R$ 1,35 trilhão.
E para se ter uma ideia do quanto essa arrecadação retorna aos brasileiros por meio de benefícios, a notícia não é positiva. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) envolvendo 30 países de mais elevada carga tributária, o Brasil possui o pior retorno dos valores arrecadados.
O valor pago em impostos representa 40,82% do rendimento médio brasileiro. As informações fazem parte do “Estudo sobre os dias trabalhados para pagar tributos”, desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT).
Desde o ano de 1986 é possível notar uma evolução, quase que constante, na quantidade de dias trabalhados para o pagamento de impostos no País.
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Fonte: matogrossoeconomico.com.br