Conforme informações veiculadas na imprensa, a Americanas começou a notificar os shoppings onde têm lojas físicas de que não vai pagar os aluguéis atrasados, por conta do efeito de suspensão de cobranças conferido pela recuperação judicial. Em Mato Grosso, dados extraídos do site da gigante varejista, contabilizam 28 lojas em funcionamento, sendo pelo menos dez unidades estabelecidas dentro de shoppings centers. O ‘calote’, se confirmado, poderá impactar de forma severa as finanças dos centros de consumo. Na Capital e em Várzea Grande, por exemplo, existem filiais em todos os shoppings.
Um das maiores dívidas da Americanas, em relação ao pagamento de aluguel está exatamente em Mato Grosso e com o Pantanal Shopping, em Cuiabá, espaço que abrigou a primeira unidade da rede nacional no Estado. Depois dessa primeira loja, a Americanas deu início a um processo de interiorização da marca, abrindo lojas de ruas, em outros shoppings e avançando para o interior mato-grossense, bem como aportando em bairros populosos como o Cristo Rei, em Várzea Grande, e o CPA, em Cuiabá. Uma fonte consultada pelo MT Econômico acredita que a maioria das 28 lojas em Mato Grosso funcione em imóveis locados. Portanto, a suspensão dos pagamentos dos aluguéis pode ter um efeito ainda mais extenso.
Mesmo sem confirmação do Pantanal Shopping, a Americanas – por meio da sua lista de credores já publicada cumprindo os ritos do processo de recuperação judicial – existe uma dívida de R$ 2,6 milhões com o Pantanal Shopping. Essa é a maior dívida da varejista, entre os 100 shoppings citados na ação judicial.
Leia também: Americanas: para especialista, quebra de confiança pode ter antecipado a decisão pela recuperação judicial
Segundo a lista de credores do processo de recuperação, a Americanas deve R$ 11,6 milhões aos shoppings espalhados por diversas regiões do País.
Além de lojas de rua em várias cidades de Mato Grosso, há unidades nos shoppings de Tangará da Serra, Rondonópolis, Barra do Garças e Sorriso.
RECUPERAÇÃO JUDICIAL – A Americanas pediu recuperação judicial no mês passado, citando dívidas de cerca de R$ 43 bilhões, oito dias após ter revelado um rombo contábil de R$ 20 bilhões.
A dívida da companhia envolve credores financeiros, trabalhistas e fornecedores. O pedido é o quarto maior caso já registrado no país, perdendo apenas para as recuperações judiciais da Odebrecht (R$ 80 bilhões), Oi (R$ 65 bilhões) e Samarco (R$ 65 bilhões).
CLIQUE AQUI E VEJA MAIS NOTÍCIAS DE ECONOMIA E COMÉRCIO
Fonte: matogrossoeconomico.com.br