Segundo a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, a ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), criticou as alianças que a chapa de Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB) fechou com parlamentares da bancada ruralista em Mato Grosso, nos últimos dias.
Como se sabe, o deputado Neri Geller (PP) será apoiado pelo PT na disputa por vaga no Senado, e o senador licenciado Carlos Fávaro (PSD) fará parte da elaboração do Programa de Governo de Lula e coordenará a campanha presidencial no Estado.
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“Não há escolha que não tenha consequência. Aliar-se àqueles que lideram a articulação dos PLs [projetos de lei] da destruição é criar amarras com o atraso, estimular vetos internacionais ao agronegócio do Brasil e manter o país na condição de pária ambiental, uma das grandes conquistas do Governo Bolsonaro”, disse Marina.
A coluna lembrou que Geller é autor de texto substitutivo ao PL que estabelece a lei de Licenciamento Ambiental, atualmente em tramitação no Senado, e que é recorrentemente criticado por ambientalistas.
Para eles, o texto transformar o licenciamento ambiental em exceção, e não mais uma regra.
Fávaro, por sua vez, é criticado por defensores da causa ambiental por seu parecer relacionado ao chamado “PL da Grilagem”.
Ambientalistas viram favorecimento a grileiros no documento, com anistia a invasões de terras e mudanças nos marcos temporais para regularização fundiária, estimulando novas invasões.
“Com aliados desse tipo, ficará difícil cumprir as promessas feitas aos indígenas, aos ambientalistas, ao setor do agronegócio que quer se firmar na pauta da sustentabilidade e aos pequenos agricultores”, completou Marina Silva.
Fonte: diariodecuiaba.com.br