Agosto traz alerta para a prevenção da doença, uma das neoplasias mais incidentes e que tem como principal causa o tabagismo
Mato Grosso tem alta incidência de pessoas com câncer de pulmão.
No Estado, são estimados 500 novos casos para cada ano do triênio de 2023 a 2025, o que representa uma taxa bruta de 13,76 registros da doença a cada 100 mil habitantes, conforme o Instituto Nacional do Câncer (Inca).
No país, mais de 30 mil pessoas devem ser diagnosticadas com este tipo de neoplasia, a cada ano, no mesmo período.
Leia também:
Estado confirma mais 2 mortes por dengue e número sobe para 17
Para conscientizar a população, a campanha “Agosto Branco” direciona ações de conscientização e prevenção ao câncer de pulmão, que tem como principal causa o tabagismo.
Por isso, o combate à doença ganha reforço com o “Dia Nacional de Combate ao Fumo”, comemorado na próxima terça-feira (29).
De acordo com informações do médico oncologista, Tiago Cerzósimo de Oliveira, o câncer de pulmão é uma das doenças que mais causam mortes evitáveis por questões de saúde e a maioria dos casos está associada, pelo menos 85%, ao tabagismo.
O principal desafio é o diagnóstico precoce.
“Hoje, o diagnóstico em fase inicial ainda é baixo, em torno de 16%. Isso significa que a maioria dos casos são descobertos quando a doença já está em fase em que a sobrevida é menor. Outro problema é que o pulmão, principalmente de um fumante, está bastante comprometido ao longo do tempo, e isso é um fator preponderante para o tratamento de um tumor já em estado mais avançado”, analisa o oncologista.
Além do cigarro, outros fatores de risco também podem provocar a doença, tais como: a idade, o histórico familiar, doenças pulmonares, poluição e exposição a gases tóxicos, principalmente, em alguns setores industriais.
“Parar de fumar é a recomendação mais importante para quem quer evitar o câncer de pulmão. E quem possui os fatores de risco, é fundamental, que pelo menos uma vez por ano, consulte o médico e faça exames que possam rastrear o câncer na fase mais inicial possível. Isso faz toda diferença no diagnóstico, tratamento e cura do paciente”, diz Oliveira, por meio da assessoria de imprensa.
Ainda, conforme os dados do Inca, entre os homens a taxa de incidência estadual é mais elevada, correspondendo a 14,31 casos a cada 100 mil pessoas do sexo masculino.
Entre as mulheres, a incidência cai para 13,20/100 mil.
Os sintomas mais comuns que possam indicar câncer de pulmão são falta de ar, tosse, que pode ser com expectoração ou com sangue, dor no peito, rouquidão, perda de apetite e emagrecimento sem explicação.
Já o diagnóstico é feito por biópsia, que pode ser cirúrgica ou minimamente invasiva.
Os exames, que dão apoio e ajudam na suspeita da doença são raio-X e tomografia, sendo a tomografia mais sensível, detectando a doença mais no início.
A cura depende do diagnóstico precoce e de uma boa operação.
O câncer de pulmão pode dar metástase para o próprio pulmão, para a pleura, para o mediastino, para o fígado, para o cérebro e para os ossos.
O cérebro, infelizmente, é um dos grandes pontos de metástase e o prognóstico piora, infelizmente, com lesão cerebral.
Mas há todo um esforço de tratamento, com cirurgia e demais terapias, tudo com o objetivo de tentar controlar ao máximo.
Fonte: diariodecuiaba.com.br