“É um misto de sensações. Ansiedade, nervosismo, ter que relembrar tudo para narrar em detalhes”, conta Maurício Santos, ex-aluno e vítima da tenente do Corpo de Bombeiros Izadora Ledur. O rapaz acusa a militar de tortura durante treinamento da corporação, o mesmo que resultou na morte do soldado Rodrigo Claro em 2016.
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Maurício era da 15ª turma de alunos do Corpo de Bombeiros e passou por treinamento em 2015. Por conta dos episódios de assédio e tortura, ele abandonou a carreira militar.
A vítima foi testemunha no caso de Rodrigo Claro e havia denunciado, em ação separada, os excessos da oficial. Em fevereiro deste ano, a Justiça recebeu a denúncia feita pelo Ministério Público Estadual (MPE) e tornou ré a militar.
A audiência desta segunda-feira (18) começa às 13h30 e, além da vítima, 4 testemunhas serão interrogadas. Este é o primeiro interrogatório do processo que começou em 2020 na 11ª Vara Criminal de Justiça Militar.
“É uma série de sensações, angústia misturada com ansiedade por ter que reviver e tentar relembrar ao máximo cada detalhe de todo o horror que foi vivido 7 anos atrás”, declara a vítima.
No caso de Rodrigo Claro, Izadora Ledur foi acusada de maus tratos que culminaram na morte do jovem. Ela chegou a responder por homicídio, mas o crime foi descartado pelo conselho, que a condenou a 1 ano de prisão pela agressividade com que lidou com o então aluno.
Fonte: gazetadigital.com.br