Estado é, pelo 13º ano seguido, o maior produtor nacional de grãos e fibra e líder na oferta de soja, milho e algodão
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou, na sexta-feira (13), hoje o terceiro levantamento da safra de grãos 2024/25.
Para Mato Grosso, houve uma pequena variação positiva, em relação ao mês passado, e conforme a nova atualização dos números, o Estado deve colher 97,38 milhões de toneladas.
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Se a projeção se confirmar, o resultado da atual temporada será 4,5% maior que o da safra passada, quando a oferta foi de 93, 19 milhões de toneladas.
Na comparação mensal, a título de curiosidade, a Conab projetava em novembro uma safra de 97,32 milhões t.
Mato Grosso segue sendo, pelo 13º ano seguido, o maior produtor nacional de grãos e fibra, liderança a oferta de soja, milho, algodão e gergelim.
Para o Brasil, o saldo do atual deve ciclo deve somar 322,4 mi t, o que representa um aumento de 8,2%, ou seja, 24,5 milhões de toneladas superior ao volume obtido no ciclo 2023/24.
Caso o resultado seja confirmado, esta será a maior safra registrada na série histórica da companhia, apontam os analistas.
O aumento da oferta mato-grossense se baseia na safra de soja.
O algodão e o milho têm projeções de retração anual.
A pluma deve registar recuo de 1,2% em relação à safra passada, somando 2,62 milhões t.
Já o cereal, deve somar 45,49 milhões t, volume que neste levantamento representa retração de 5,6% em relação ao ciclo anterior, quando o estado colheu 48,20 milhões t.
Para a soja, carro-chefe do agro mato-grossense, a projeção é de alta de quase 18% na oferta da safra 2024/25 em relação ao consolidado na temporada passada.
Mesmo com atrasos na conclusão da semeadura, por falta de chuvas, e a concentração de plantio em um mesmo período, a Conab estima que o estado deverá colher 46,16 milhões t, ante 39,34 milhões t em 2023/24.
“As chuvas ocorridas até o momento favorecem as lavouras nos principais estados produtores. Em alguns locais tivemos curtos períodos de falta de chuva, mas não o suficiente para influenciar na estimativa de um novo recorde na produção brasileira de grãos”, destaca o presidente da Companhia, Edegar Pretto.
DETALHAMENTO – A semeadura da soja entra nos estágios finais e nesta semana o índice de plantio atingiu 94,1% dos 47,37 milhões de hectares destinados para a oleaginosa, como indica o Progresso de Safra publicado pela Companhia.
O clima tem contribuído para a implantação e o desenvolvimento da cultura em grande parte dos estados produtores. Em algumas regiões do Mato Grosso do Sul, Paraná, Piauí, Tocantins e Maranhão foram registrados curtos períodos de falta de chuva.
Ainda assim, as condições climáticas são favoráveis e é esperada uma produção de 166,21 milhões t, uma alta 12,5% em relação ao volume colhido em 2023/24.
Com crescimento de 9,8% na área destinada para o arroz, estimada em 1,77 milhão de hectares, o plantio da cultura também avança e já chega a 86,6%.
De acordo com o levantamento da Conab, é esperado um incremento de área tanto no cultivo do arroz de sequeiro quanto sob irrigação.
Com isso, a produção está estimada em torno de 12,1 milhões t do grão.
No caso do feijão, é esperado um crescimento de 1,7% na área, estimada em 2,9 milhões de hectares.
O maior incremento na área é esperado no primeiro ciclo de plantio da leguminosa, podendo chegar a 907 mil hectares, e a semeadura já atinge 60,5%.
A produção total também deve crescer 3,5% com expectativa de atingir volume em torno de 3,36 milhões t.
Para o milho, a previsão é de uma produção total de 119,63 milhões t, 3,4% acima da safra anterior.
Apenas no primeiro ciclo do cereal, é esperada uma colheita de 22,61 milhões t.
A semeadura da primeira safra do cereal já ultrapassa 70% da área e as condições climáticas, nas principais regiões produtoras, favorecem as lavouras.
A Conab também prevê uma elevação de 3% na área destinada ao cultivo de algodão, com o plantio chegando a aproximadamente 2 milhões de hectares, o que resulta em uma estimativa de produção de pluma em 3,69 milhões t.
Já a colheita das lavouras de inverno da safra 2024 caminha para a sua finalização, com a conclusão prevista para meados deste mês.
Para o trigo, principal produto cultivado, a estimativa é de uma colheita de 8,06 milhões t, redução de 0,4% do resultado obtido na safra anterior.
Essa menor produção foi ocasionada, principalmente, pela redução de 14,1% na área de plantio dos estados da região Sul, que representam 85,4% da área ocupada com trigo no país, aliada ao comportamento climático desfavorável durante todo o ciclo da cultura no Paraná.
MERCADO – Os preços internos para o arroz registraram queda de 13% na primeira semana de dezembro quando comparado com o mesmo período do mês anterior.
A redução acompanha a expectativa de boa safra do grão, quando se prevê uma elevação de 14% em relação ao ciclo anterior, com um consumo interno estável de 11 milhões t para a safra 2024/25.
A maior colheita também permite uma expectativa de alta nas exportações de 1,3 milhão de toneladas na safra 2023/24 para 2 milhões t na safra 2024/25.
Para a soja, mesmo com o dólar em alta, as estimativas de exportação não devem passar de 99 milhões de toneladas neste ano, resultado influenciado pela quebra registrada na safra 2023/24.
No entanto, com a recuperação da produção estimada na temporada 2024/25, espera-se que as vendas ao mercado externo no próximo ciclo fiquem em torno de 105,48 milhões de tonaledas.
Fonte: diariodecuiaba.com.br