Por meio de nota pública, divulgada nas redes sociais nessa quarta-feira (6), o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) repudiou os atrasos nos salários dos médicos do Hospital Municipal São Benedito (HMSB), que estão sem receber há 5 meses. O órgão também ressaltou que buscará na Justiça a responsabilização dos gestores da unidade pelo que classificou como “calote”.
“Não é razoável que os gestores públicos ignorem e descumpram a legislação e não sejam punidos, enquanto médicos sofrem, sem salários e sem condições de realizar os atendimentos e a população seja também penalizada”, diz trecho da nota.
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O indicativo de greve foi suspenso pelo corpo clínico do hospital na tarde da última terça-feira (5), após tratativas com a Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP), da prefeitura de Cuiabá, e a terceirizada Med Wuicik.
Os profissionais também divulgaram nota no mesmo dia, e disseram que as informações sobre a paralisação das atividades foram divulgadas de forma equivocada e que nenhum paciente deixou de receber atendimento.
A ECSP também se manifestou publicamente e disse que havia acionado o CRM para que adotasse as medidas cabíveis diante da ameaça de greve pelo grupo de médicos e afirmou que a suspensão dos atendimentos ocorreu de forma unilateral. Já a empresa terceirizada Med Wuicik não se manifestou sobre o episódio.
Confira nota completa do CRM abaixo:
O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) vem a público expressar seu repúdio aos constantes episódios de atrasos nos pagamentos dos médicos que atuam no Hospital Municipal São Benedito, em Cuiabá.
A situação, que perdura há meses, fez com que os profissionais, sem os pagamentos dos meses de junho, julho, agosto, setembro e outubro, paralisassem as atividades, mantendo o atendimento de urgência e emergência aos pacientes internados.
Há mais de um ano, o CRM-MT tem dialogado com diversos entes públicos, em especial a Prefeitura de Cuiabá e a Empresa Cuiabana de Saúde Pública, com vistas a superar os constantes atrasos salariais que fazem com que muitos profissionais passem meses sem receber aquilo que é devido pelos serviços prestados.
Diante da ausência de soluções efetivas para este problema, o CRM-MT tomará a iniciativa de buscar o Poder Judiciário para a responsabilização dos gestores por mais este calote. Não é razoável que gestores públicos ignorem e descumpram a legislação e não sejam punidos, enquanto médicos sofrem, sem salários e sem condições de realizar os atendimentos e a população seja também penalizada.
Fonte: gazetadigital.com.br