Povo acolhedor e a boa comida são os pontos mais citados quando se pensa em Cuiabá. Neste sábado (8), A Capital completa 304 anos e o GD foi às ruas perguntar para à população o que de bom elas lembraram quando se fala da cidade.
A reportagem percorreu a Praça da República, Praça Alencastro e o Calçadão Ricardo Franco em busca das respostas que descrevessem a cidade. Os motivos para recordar são vários, além do calor onipresente.
Eldo Sá Correia, 46, é professor do Estado e, para ele, o que vem à cabeça quando se fala em Cuiabá é a Igreja São Benedito. “Porque foi construída por escravos e tem mais de 200 anos”, justifica.
A igreja é uma das mais tradicionais e antigas da Capital. Reza a lenda que, nas paredes do local, há diversas pepitas de ouro que negros encontravam no córrego da Prainha e escondiam.
Marco do inicio de Cuiabá, a igreja foi tombada como patrimônio histórico pelo Instituto Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan), em 1975. Em 1987, pela Fundação Cultural de Mato Grosso.
Devido à problemas estruturais, o local está fechado desde o ano passado e não tem previsão de reabertura.
O taxista Francisco Ferreira Barbosa, 78, disse que o que ele lembra é do Rio Cuiabá. “Eu vejo muito a diferença de Cuiabá antiga e de Cuiabá atual. Antigamente a gente podia pescar em cima da ponte que separa Cuiabá e Várzea Grande, agora não podemos mais”, relata.
Apolo Sespere, 48, é microempresário e diz que o que mais marca na Capital é o calor humano. “O povo daqui é muito acolhedor, você sente esse calor humano”, pontua.
Para Esthefany Cristina da Silva, 24, divulgadora externa, marcante da cidade é a culinária. “Gosto de Maria Isabel e paçoca”, conta. Os pratos são assinaturda da cidade e as receitas passam de geração em geração.
Djama de Carvalho, 40, veio de Mato Grosso do Sul e também destacou a comida regional e hospitalidade cuiabana como principais traços positivos do município.
“Em outras cidades, você sai nas ruas e as pessoas te tratam com muita formalidade, aqui não é assim. Aqui você pode conversar com todo mundo e nem precisa ser conhecido”, explica.
O eletricista Reginaldo Marques, 37, é cuiabano de “tchapa e cruz” e o que ele mais gosta é o rasqueado.
“Eu ouço em casa mesmo, asso uma carne e bebo minha cerveja. Ultimamente tá muito perigoso para sair, então prefiro curtir em casa mesmo”, contou.
Marizete Amaral, 54, é camareira e citou os pontos turísticos da cidade. “Olha, o que vem na minha cabeça quando se fala de Cuiabá… A Orla do Porto, o Parque das Águas, São Gonçalo Beira Rio, por falar de São Gonçalo, o peixe é algo que também me vem na cabeça quando se fala em Cuiabá”, conta.
Tricentenária, Cuiabá possui sua fundação atribuída ao bandeirante Pascoal Moreira Cabral, que chegou à região no ano de 1718 e, mediante a descoberta de ouro, formalizou a existência do povoado um ano mais tarde, em 8 de abril de 1719.Festividades
As celebrações começam com a tradicional “Alvorada Festiva”, às 6h, na Praça Oito de Abril, com apresentação musical da banda do 44º de Infantaria Motorizado, danças típicas (Cururu e Siriri), além da presença das rendeiras, demonstrando a arte de tecer.
No Parque das Águas, a partir das 18h, a população será presenteada com a apresentação da Orquestra do Serviço Social da Indústria (SESI), no evento denominado como “Páscoa Brasileira-Páscoa Cristã”.
Já na Praça Oito de Abril, com a realização da 2ª Edição do Refestela Cuiabá, a partir das 18h, com uma grandiosa estrutura montada para garantir a segurança do público. Nesse ano, o evento foi dividido em dois finais de semana, 8 e 9 de abril e nos dias 15 e 16 de abril. Serão mais de 20 barracas com delícias da culinária à disposição do público. O evento também terá como atrativos apresentações musicais, o Siriri e Cururu e o rasqueado cuiabano. A entrada é gratuita
Fonte: gazetadigital.com.br
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