Estado ficou de fora mesmo tendo contabilizado, somente neste ano, 549 casos prováveis da enfermidade
Mato Grosso ficou de fora da lista dos estados que receberão as primeiras doses da vacina contra a dengue incorporada pelo Ministério da Saúde ao calendário nacional de imunização.
O anúncio dos primeiros municípios contemplados foi feito na quinta-feira pelo órgão federal de Saúde.
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O Estado ficou de fora mesmo tendo contabilizado, somente neste ano, 549 casos prováveis (exceto os descartados) da enfermidade, conforme boletim atualizado em 16 deste mês pela Secretaria de Estado de Saúde.
Do total, 245 confirmados. Até o momento, não há registro de óbitos.
Já ao longo de 2023, foram 22 mortes e 28.513 notificações prováveis, correspondendo a uma incidência 991,2 casos para cada 100 mil habitantes.
Com essa taxa, o Estado encerrou o ano com alto risco de contaminação, apesar de uma redução de -19,4 no número se comparado a 2022.
Segundo o MS, a definição de um público-alvo e regiões prioritárias foi necessária em razão da capacidade limitada de fornecimento de doses pelo laboratório fabricante da vacina.
A primeira remessa com cerca de 757 mil doses chegou ao Brasil no último sábado (20).
O lote faz parte de um total de 1,32 milhão de doses fornecidas pela farmacêutica.
Já os critérios de seleção foram definidos em conjunto com os Conselhos Nacionais de Secretários de Saúde (Conass) e das Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), ou seja, órgãos representantes de secretarias de Saúde de estados e cidades.
Conforme o MS, os critérios seguem recomendações da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Com isso, as vacinas serão destinadas a regiões de saúde com municípios de grande porte com alta transmissão nos últimos dez anos e população residente igual ou maior a 100 mil habitantes.
Outro critério são as localidades com maior predominância do sorotipo DENV-2. Nesses primeiros dias do ano, conforme o órgão estadual, o sorotipo circulante no território mato-grossense é o DENV-1.
Assim, 16 estados e o Distrito Federal têm municípios (521) que preenchem os requisitos para o início da vacinação a partir de fevereiro próximo. Inicialmente, serão vacinadas as crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos.
Depois serão as pessoas idosas, grupo para o qual a vacina não foi autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
No momento, quem quiser se imunizar no Estado terá que procurar a rede privada.
Em Cuiabá, conforme apurado pela reportagem do DIÁRIO, o valor médio cobrado é de cerca de R$ 350 cada dose.
O esquema vacinal é composto por duas doses, com intervalo de três meses entre elas.
Ainda de acordo com o MS, outra remessa do antígeno contra a doença, com mais de 568 mil doses, está com entrega prevista para fevereiro.
Além dessas, o Ministério da Saúde adquiriu o quantitativo total disponível pelo fabricante para 2024: 5,2 milhões de doses.
O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público universal.
O imunizante contra a dengue, a Qdenga (TAK-003), foi desenvolvido pelo laboratório japonês Takeda Pharma.
A vacina contém vírus vivos atenuados da dengue e, por isso, induz respostas imunológicas contra os quatro sorotipos do vírus da dengue.
Fonte: diariodecuiaba.com.br
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