Após meses de embates motivados por divergências políticas, o governo do Estado e a Prefeitura de Cuiabá ainda não chegaram a um “consenso absoluto” para destravar o asfaltamento de 11 bairros da Capital.
O assunto foi discutido durante uma “audiência de conciliação” realizada nesta terça-feira (6) com a presença do presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Eduardo Botelho (União), o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), o vice-prefeito José Roberto Stopa (PV), o secretário de Infraestrutura de Mato Grosso, Marcelo Padeiro, e conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
“É um projeto que estamos trabalhando nele há muito tempo, foram muitas dias na prefeitura, na Secretaria de Obras, no Stopa. Esse imbróglio foi muito longo, mas agora estamos chegando na solução final. Tenho certeza que está resolvido essa questão e o Estado vai fazer essas obras”, disse.
Apesar do tom otimista de Botelho, durante o encontro, Emanuel exigiu que investimentos do Estado contemplem mais bairros da Capital.
“Eu estou construindo todo o cenário possível para ampliar esses investimentos em Cuiabá. Eu só penso é nisso, é isso que está faltando. O 10º dia útil é sexta-feira, não é amanhã, então temos até o dia 09. Posso até decidir amanhã, mas o 10º dia útil do prazo do Governo é esse. E eu não estou amarrado a esse prazo. O meu interesse é beneficiar o dobro de bairros e é isso que os deputados também querem, para que a gente possa fazer do limão uma limonada. Por que beneficiar só 11 bairros se podemos beneficiar até 25?”, disse.
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O asfaltamento dos bairros em questão tem sido o motivo de protestados de moradores de várias regiões. Deputados e vereadores chegaram a realizar audiências públicas para tentar achar uma solução ao impasse que, conforme os próprios parlamentares, foi travado por divergências políticas entre governo e prefeitura.
No final do mês passado, o Estado alegou que a prefeitura estava negativada e sem certidões para firmar convênios com o Paiaguás e por conta disso determinou que as obras fossem licitadas pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra).
Após a realização da licitação, Emanuel alegou que as obras somente teriam início com a autorização do município. No final de novembro, a Sinfra notificou o Palácio Alencastro dando 10 dias para que Emanuel liberasse o início das obras sob pena de perder os recursos no montante de R$ 48 milhões.
Os projetos devem contemplar os bairros Alto Boa Vista, Novo Tempo, Planalto, Jardim Aroeira, Parque Amperco, Campo Verde, Novo Horizonte, Novo Milênio, Tancredo Neves e Jardim Fortaleza. De acordo com Botelho, após a reunião, a situação foi pacificada.
Fonte: gazetadigital.com.br
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