Um mal que assola a sociedade e faz milhares de vítimas diariamente. Assim, pode ser definida as consequências geradas pelos problemas de saúde mental. Em Mato Grosso, atualmente, mais de 250 pessoas aguardam por um atendimento desta especialidade no Sistema Único de Saúde (SUS), conforme dados repassados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES).
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Um conjunto de condições clínicas que afetam diretamente as principais áreas do sistema cerebral, sendo elas, o humor, raciocínio e comportamento e requer atenção por parte das autoridades.
O tratamento ofertado pela rede pública de saúde ocorre por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBS), administradas pelos municípios, onde os pacientes têm acesso às consultas e exames. Em seguida, são encaminhados aos hospitais referendados no Estado, conforme a sua individualidade, caso necessário. No entanto, há apenas 100 leitos disponíveis destinados exclusivamente para o tratamento de doenças desta natureza, gerenciados pela SES.
Ansiedade, depressão e bipolaridade estão entre as patologias mais comuns. O diretor administrativo do Centro de Reabilitação Psicossocial – Creap Cuiabá, Humberto Silva, traz à tona uma carência antiga, porém que ainda perdura no SUS: a falta de uma unidade de emergência psiquiátrica em Mato Grosso.
Humberto explica que uma iniciativa como esta fosse realidade, milhares de vidas seriam salvas dos desfechos trágicos.
“Esse tipo de cobertura é de responsabilidade dos municípios. Em casos de internações somente o hospital Adauto Botelho presta esse serviço para o Estado inteiro. Apesar dos esforços até aqui, as demandas não estão sendo supridas pelos gestores. Pós pandemia, os números cresceram de maneira exorbitante e tragédias estão acontecendo dia após dia, motivadas pela ausência de atendimento eficaz e imediato para esses casos, os suicídios.”
O Creap, que começou a funcionar no final de setembro em Cuiabá, terá um papel primordial no âmbito regional. A unidade será composta por equipes médicas multidisciplinares, oferecendo suporte imediato aos 141 municípios. Este é o primeiro centro especializado em Mato Grosso.
O diretor do centro pontua que os pacientes acolhidos poderão permanecer no local até completa restabilização. “O Creap terá médicos psiquiatras em tempo integral, bem com leitos de observação, podendo ser utilizados até que os pacientes recebam alta. A nossa missão é única de salvar vidas e, em um futuro bem próximo, abrir mais unidades em Mato Grosso, alcançando o maior número de pessoas possíveis.”
Cenário Nacional
O contexto citado não se refere à uma realidade isolada. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 86% dos brasileiros sofrem de algum transtorno mental.
Fonte: copopular.com.br