Há registro de ao menos 88 casos da doença entre refugiados na África
O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) lançou nesta quarta-feira (11) um apelo por um montante de US$ 21,4 milhões, até o final do ano, para ampliar os esforços de combate à mpox entre grupos refugiados em países africanos.
A meta da entidade é ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde para um total de 9,9 milhões de pessoas forçadas a se deslocar de seus locais de origem e que vivem em cerca de 35 países do continente afetados pela doença.
Em nota, o Acnur informou ter registrado pelo menos 88 casos de mpox entre refugiados na África – 68 deles da República Democrática do Congo (RDC). “O país registra o maior número de casos, em nível global, seguido por cidadãos da República do Congo e de Ruanda”.
O continente africano registrou mais de 20 mil casos suspeitos da doença ao longo de 2024. A região também abriga um terço do total de pessoas forçadas a se deslocar e concentra uma série de países que tentam frear surtos de mpox em meio a cenários de extrema vulnerabilidade.
No comunicado, o escritório das Nações Unidas para refugiados cita abrigos superlotados, sem acesso à água potável, itens de higiene pessoal e alimentação adequada, além de desafios no acesso à saúde, “condições que os colocam em maior risco de adoecer e dificultam a proteção”.
“A emergência global por mpox ameaça sobrecarregar ainda mais os recursos humanitários já saturados, podendo interromper serviços e cuidados essenciais, incluindo a distribuição de alimentos e educação”, concluiu o Acnur.
Edição: Juliana Andrade Paula Laboissière Agência Brasil