Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) apontou “exibicionismo” e “deboche” em ação contra o investigador Mário Wilson Vieira da Silva Gonçalves que matou o policial militar Thiago de Souza Ruiz. Crime ocorreu em abril deste ano, mas alegações finais do MP vieram à tona nesta quarta-feira (19).
No documento, assinado pelo promotor de Justiça Samuel Frungilo, o Ministério Público relembra o caso e faz pontuações sobre o comportamento do investigador.
Mário Wilson e Thiago de Souza estavam eu uma distribuidora do bairro Quilombo em Cuiabá quando brigaram e o militar foi morto após ser alvo de 9 disparos feitos pelo investigador. Ao detalhar o episódio, promotor destacou o fato de que os agentes da segurança pública se “estranharam” desde que foram apresentados.
Investigador teria desconfiado do fato de Thiago ser policial. Em um dado momento, a vítima levantou a camisa para mostrar uma cicatriz causada por ações da profissão e deixou a arma à mostra. Rapidamente, Mário Wilson pegou o armamento e disse que iria verificar a natureza do objeto.
“Neste ponto é oportuno mencionar que o acusado, sendo policial civil, é dotado de traquejo suficiente para apurar a identidade e profissão da vítima, ou qualquer outra pessoa, sem a necessidade de ocasionar uma contenda, bastava indagá-la sobre o nome e buscar nos sítios do Governo do Estado”, disse o promotor.
Representante do Ministério Público classificou a atitude do investigador como “ignóbil” e destacou ainda que o investigado agiu para demonstrar “valentia” e “superioridade em relação aos presentes”.
“O comportamento do acusado não demonstra outra intenção, que não a de deboche e galhofa, como narrado na denúncia”, apontou. “Analisando as imagens, é possível notar um comportamento exibicionista por parte de MÁRIO”, narra trecho das alegações finais.
Diante da situação, o MPMT requereu que o investigador seja pronunciado, o que, caso seja acatado pela Justiça, fará com que Mário Wilson seja julgado por do conselho de sentença em júri popular.
Fonte: gazetadigital