Um navio cargueiro que atravessava o Golfo de Aden, na costa do Iêmen, foi atingido nesta segunda-feira (15/01) por um míssil disparado pelo grupo rebelde houthi. Segundo autoridades americanas e britânicas, não houve danos graves à embarcação, nem feridos.
O incidente ocorreu três dias após os ataques aéreos contra diversas posições dos militantes houthis no Iêmen conduzidos pelos Estados Unidos e aliados, que deixaram cinco mortos e foram uma resposta à onda de ataques promovidos pelo grupo rebelde no Mar Vermelho, com impacto em cadeias de suprimento globais.
Os houthis são apoiados pelo Irã e afirmam estar realizando os ataques contra cargueiros em apoio ao grupo radical islâmico Hamas no conflito contra Israel na Faixa de Gaza. O Hamas é considerado um grupo terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.
Segundo militares americanos, o míssil atingiu o navio Gibraltar Eagle, que tem bandeira das Ilhas Marshall e pertence à empresa americana Eagle Bulk, sediada em Connecticut e cotada na Bolsa de Valores de Nova York.
Mais de 25 ataques
Dados de rastreio por satélite analisados pela agência de notícias Associated Press mostraram que o Gibraltar Eagle se dirigia para o Canal de Suez, mas rapidamente deu meia volta no momento do ataque.
O incidente ocorreu a cerca de 95 milhas náuticas a sudeste da cidade iemenita de Aden, e o capitão relatou que o lado bombordo do navio foi atingido pelo míssil, segundo informou uma agência britânica de segurança marítima (UKMTO, na sigla em inglês).
No sábado, um outro míssil houthi disparado em direção ao U.S.S. Laboon, um navio da Marinha dos EUA atualmente localizado no Mar Vermelho, foi interceptado no ar por um jato americano.
Os houthis controlam áreas no oeste e no norte do Iêmen desde 2015, e desde a guerra entre Israel e o Hamas já lançaram mais de 25 ataques contra navios, incluindo o sequestro do Galaxy Leader.
Fonte: dw.com