Na ausência de grandes estrelas republicanas além do próprio ex-presidente americano Donald Trump, os republicanos que foram ao CPAC – Conservative Political Action Conference –, um dos principais eventos políticos conservadores dos Estados Unidos, assistiram a uma palestra do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL).
No país desde o fim de dezembro passado, Bolsonaro se deslocou da Flórida para Washington para participar do evento e viu Trump dizer que ele foi “mais aplaudido que muito político americano”, disse o republicano.
Apoiadores brasileiros de Bolsonaro presentes no evento comemoravam que ele teria sido menos aplaudido apenas que o ideólogo da direita populista Steve Bannon e o próprio Trump.
Para animar a plateia americana, Bolsonaro relembrou que seu governo não obrigou a vacinação contra a covid-19 no Brasil, um tema caro à base trumpista.
Também disse defender a família (“não queremos ideologia de gênero, queremos os filhos crescendo à semelhança do pai e as filhas crescendo à semelhança da mãe”) e argumentou ter liberado ao máximo a posse e a porte de armas de fogo.
Afirmou ainda ter sido “o último presidente a reconhecer as eleições dos Estados Unidos de dois anos atrás” – o endosso de Bolsonaro às acusações sem prova de Trump de fraude eleitoral custou ao Brasil o congelamento das relações em nível presidencial com os americanos.
Em referência à decisão do governo brasileiro de recentemente permitir a atracação de navios de guerra iranianos no Rio de Janeiro, o que foi criticado pelos EUA, Bolsonaro afirmou que se ele fosse o presidente isso não teria acontecido.
Apresentado por um dos coordenadores do CPAC como um mandatário que “infelizmente não conseguiu controlar a Suprema Corte do Brasil e que por isso não se reelegeu” e como um presidente cuja mulher, Michelle Bolsonaro, abria a piscina do Palácio do Alvorada “para os pobres” aproveitarem, Bolsonaro disse à plateia que sente que sua missão na Presidência ainda não acabou.
Sem falar diretamente em fraude, disse não entender “os números (eleitorais)”.
“Eu tive muito mais apoio em 2022 do que em 2018. Não sei porque os números mostraram o contrário”, disse Bolsonaro, ao que os brasileiros no evento responderam com um coro de “fraude, fraude”
Fonte: msn.com