Para ele, PEC é medida eleitoreira do Congresso; proposta prevê R$ 41,2 bilhões em benefícios até dezembro
O governador Mauro Mendes (UB) criticou a chamada “PEC Kamikaze”, aprovada na semana passada pelo Senado Federal, que prevê a liberação de R$ 41,2 bilhões para criação de benefícios sociais a três meses das eleições. O texto também estabelece um “estado de emergência” no País.
“É muito ruim você ver um Congresso Nacional, nas vésperas de eleição, pensando em um jeito de ganhar votinho, isso é muito ruim”, afirmou Mendes à imprensa.
A PEC é de autoria do senador mato-grossense Carlos Fávaro (PSD) e o relator da proposta de emenda foi o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB). Ela foi aprovada na última quinta-feira (30) pelo Senado em primeiro turno por 72 votos a 1 e em segundo turno por 67 votos a 1.
Dentre as diversas propostas da PEC, está o aumento no valor do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600, a inclusão de mais famílias no benefício e a criação de um voucher de R$ 1 mil para caminhoneiros até o fim do ano.
Este benefício aos caminhoneiros seria viabilizado pelo reconhecimento de estado de emergência no Brasil, instituído na própria emenda, situação que também abre brecha na lei eleitoral do país, que proibi a implementação de novos benefícios em ano de eleição.
Apesar de prometer ajudar a população, para Mendes, a aprovação da PEC no Senado não passa de uma “medida eleitoreira” e que pode quebrar o Brasil.
“Isso quebra a sociedade brasileira, quebra o nosso País e o nosso Estado. Ou você faz um trabalho sério, honesto, verdadeiro ou a gente vai para o buraco”, disse.
“Se eles tivessem feito esse planejamento lá atrás, em 2021, para esse ano, eu não estaria fazendo esta fala. Agora, de última hora, três meses antes da eleição, é achar que o povo é bobo também”, completou.
Fonte: www.midianews.com.br