Poucas horas após a audiência de convocação do secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Marcelo de Oliveira, para prestar esclarecimentos sobre as obras do BRT em Cuiabá e Várzea Grande na Assembleia Legislativa de Mato Grosso o deputado estadual Lúdio Cabral (PT) já planeja nova convocação. Segundo o parlamentar, uma nova ida do chefe da pasta à ALMT está prevista para daqui a 2 ou 3 meses.
“Não há nenhum prazo estabelecido pela Sinfra. Nós vamos continuar cobrando. É provável que daqui a 2 ou 3 meses retomemos a convocação do secretário para saber se já foi dado andamento aos processos licitatórios, se o acordo extrajudicial não tem nenhum questionamento no judiciário em torno dele. Se isso acontecer o processo se estende ainda por mais tempo”, declarou à imprensa nesta segunda-feira (17).
Lúdio afirmou que agora a ALMT está fazendo seu papel e que estava “em dívida” em relação à pauta BRT. Segundo o deputado, a expectativa é de que a Casa de Leis faça o monitoramento da situação e acompanhe a execução das obras, além de monitorar as licitações que terão que ser feitas para as outras etapas da obra do BRT.
Cabral ainda apontou que o traçado que vem da ponte do Rio Cuiabá até o Crea precisa ser novamente licitado. Em relação ao tramo da Fernando Correia, não há informações sobre como acontecerá, e o tramo que preencheria Getúlio Vargas e Isaac Póvoas não será realizado pelo atual governador. Desse modo, esperasse que até o final do mandato do governador o trecho concluído seja Várzea Grande – Avenida do CPA.
“Ele tomou a decisão em dezembro de 2020 de substituir o VLT pelo BRT. Anunciou que as obras estariam concluídas até dezembro de 2022. Assinou o contrato para a execução das obras em agosto de 2022 com previsão de conclusão até outubro de 2024. Isso não aconteceu. E no final do ano de 2024 e início de 2025, esse conflito com o consórcio BRT que era responsável pela execução das obras. O fato é que apenas 18% da obra foi concluída até agora e o consórcio irá concluir algo em torno de 25%”, acrescentou.
O parlamentar ainda relembrou todo o imbróglio que envolve o modal e fez duras críticas ao governador Mauro Mendes diante de suas promessas de resolução da “novela”.
“Nós vamos cumprir o nosso dever de fiscalizar as ações do governador. […] Ele não pode concluir o mandato dele de 8 anos sem responder à população de Cuiabá e Várzea Grande sobre os encaminhamentos que ele fez em relação ao BRT”, apontou.
Fonte: www.gazetadigital.com.br