Empresas interessadas no certame pediram dilação do prazo em razão de nova onda da Covid
DA REDAÇÃO
O secretário de Estado de Infraestrutura, Marcelo de Oliveira, afirmou que a decisão de suspender o processo licitatório para a contratação das obras do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT), movido à eletricidade, na Grande Cuiabá, visa evitar a contratação de “picaretas”.
A afirmação foi feita na noite de segunda-feira (17), logo após Oliveira participar de uma reunião no Palácio Paiaguás como governador Mauro Mendes (DEM). O anúncio de suspensão do certame foi feito ainda ontem.
“Achamos melhor dilatarmos o prazo para que realmente as empresas venham, participem e dêem solução. Essa história de você ficar atropelando processo, não dilatar o prazo porque [acredita que] a empresa que vencer assim vai chegar e fazer, [é quando] aparece picareta. E o que nós estamos correndo é de picaretas”, afirmou.
O que a gente quer é uma empresa que realmente venha, faça um bom projeto, não minta, não faça besteira, ganhe a licitação e faça uma boa obra
Segundo o secretário, a decisão de suspensão atendeu ao pedido de empresas interessadas no certame, em razão do aumento de casos de Covid-19 e consequente diminuição de seus quadros de funcionários.
De acordo com Oliveira, por se tratar de uma obra muito grande – uma das maiores lançadas atualmente no Brasil – e com um custo de R$ 480 milhões, o Governo preferiu dilatar o prazo e garantir para garantir a contratação de uma empresa séria.
Ele salientou, ainda, que o atraso à execução da obra ocorre “em parte”.
“Às vezes você dá um passo para trás e ganha 10 passos à frente. O que a gente quer é uma empresa que realmente venha, faça um bom projeto, não minta, não faça besteira, ganhe a licitação e faça uma boa obra”, defendeu.
A expectativa, segundo o secretário, é de que a licitação seja reaberta no início do mês de março.
Licitação e obra
A concorrência será realizada na modalidade de Regime Diferenciado de Contratação Integrada (RDCi), do tipo menor preço.
A obra está orçada em R$ 480.500.531,82, valor que compreende a elaboração dos projetos básicos e executivos de engenharia, de desapropriação, obtenção de licenças, outorgas, aprovações e execução das obras de implantação do corredor do BRT.
No valor da obra também estão inclusas as construções de 46 estações, de um terminal na região do Coxipó e outro no CPA, e a reconstrução do Terminal André Maggi, em Várzea Grande.
Será construído ainda um viaduto para passagem do BRT na rotatória das avenidas Fernando Corrêa da Costa e Beira Rio, de uma nova ponte sobre o Rio Coxipó, a criação de um parque linear na Avenida do CPA, a requalificação do Largo do Rosário e demais adequações no trânsito.
No RDCi, a empresa vencedora ficará responsável pela elaboração do projeto e depois pela execução da obra, que tem um prazo de dois anos para ser concluída após o seu início.
Fonte: midianews.com