Juiz converte em preventiva prisão de servidores acusados de desvios

Juiz converte em preventiva prisão de servidores acusados de desvios
Compartilhar

Os servidores da prefeitura de São Félix do Araguaia (1.200 km a nordeste) Max Joaquim Pereira de Almeira Hellebrandt, Dionisio Moreira da Rocha, Willami Ribeiro Dias e Everton Alves de Souza tiveram suas prisões convertidas em preventivas na terça-feira (15). Eles foram alvos da Operação Improbos, que investiga um esquema de desvio de verbas públicas e corrupção no município.

A decisão que manteve as prisões é do juiz Luís Otávio Tonello dos Santos, da Segunda Vara da Comarca de São Félix do Araguaia, e foi emitida após audiência de custódia. Com a determinação, os acusados foram encaminhamento para Cadeia Pública de São Félix Do Araguaia.

Durante a operação, foram cumpridas 4 ordens de busca e apreensão nas residências dos investigados e setores administrativos do local de trabalho, além de bloqueios judiciais das contas bancárias.

Como já noticiado pelo GD, os acusados desempenhavam funções estratégicas dentro da prefeitura para o funcionamento do esquema criminoso.

Durante as buscas, foram apreendidos documentos, dispositivos eletrônicos e registros contábeis, que serão periciados para comprovar a dinâmica do esquema e identificar outros possíveis participantes.

A ação foi coordenada simultaneamente, para evitar a destruição de provas e assegurar a prisão dos envolvidos, sendo que um dos acusados ainda não se apresentou e está foragido pela justiça. O montante dos valores desviados serão apurados após o resultado da quebra do sigilo bancário e relatório de investigação.

Esquema
As investigações conduzidas pelo delegado Ivan Albuquerque Soares, identificaram que um dos investigados, apontado como principal articulador e centralizador dos valores desviados, utilizava sua posição privilegiada como responsável pelo controle financeiro para facilitar o repasse dos recursos para credores selecionados, garantindo que os pagamentos ilícitos fossem efetuados sem levantar suspeitas. Além disso, ele intermediava o pagamento de créditos de forma irregular, cobrando comissões em troca da liberação dos valores.

O segundo suspeito identificado nas investigações atuava como intermediário, recebendo os valores desviados e distribuindo-os entre os demais envolvidos. Sua função era ocultar a origem dos recursos e assegurar que as quantias fossem repassadas conforme as orientações do articulador, garantindo que todos os elos do esquema fossem remunerados de acordo com suas participações.

Já o terceiro investigado utilizava um conjunto de empresas de fachada para simular a prestação de serviços e a venda de materiais à prefeitura. Essas empresas, registradas em nome de terceiros ou laranjas, emitiam notas fiscais fictícias e formalizavam contratos fraudulentos para justificar o recebimento dos valores desviados. Dessa forma, o grupo conseguia dar uma aparência de legalidade às transações ilícitas.

 

 

 

Fonte: www.gazetadigital.com.br


Compartilhar
0 0
Happy
Happy
0 %
Sad
Sad
0 %
Excited
Excited
0 %
Sleepy
Sleepy
0 %
Angry
Angry
0 %
Surprise
Surprise
0 %