A aeronave, um Gulfstream G-IV, pertenceu ao Governo turco e hoje é de empresa de táxi aéreo
O jatinho apreendido com 1,3 tonelada de cocaína no ano passado, em Fortaleza (CE), cuja carga teria “estreita relação” com a quadrilha do ex-major da PM Sergio Roberto de Carvalho, já pertenceu ao Governo da Turquia.
Conhecido como “Escobar Brasileiro”, Carvalho seria o líder de uma organização criminosa desarticulada pela Operação Catapro, deflagrada pela Polícia Federal de Mato Grosso nesta quarta-feira (6). Ele já havia sido preso no dia 21 de junho na Hungria.
A aeronave, um Gulfstream G-IV, já pertenceu ao Governo da Turquia, tendo sido inclusive usada para colocar em segurança o presidente Recep Erdogan durante uma tentativa de golpe em 2016. Porém atualmente pertence à frota da empresa privada de táxi-aéreo ACM Airlines.
A carga de droga apreendida em Fortaleza, em 4 de agosto de 2021, é avaliada em R$ 252 milhões.
A aeronave levava um passageiro belga-espanhol e quatro tripulantes turcos.
Carvalho, que é o ex-major da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, era procurado pela Interpol (Polícia Internacional) em países como Portugal, Espanha, além do próprio Brasil.
A organização criminosa que ele comandava seria responsável pelo envio de 45 toneladas de cocaína para a Europa, avaliada em R$ 2,25 bilhões, a partir de 2017.
Quando foi preso na Hungria, Sérgio usava um passaporte falso com dados mexicanos. A operação para capturá-lo contou com apoio da Polícia de Portugal, pois o ex-policial usava o país como porta de entrada para os entorpecentes da América do Sul.
Sérgio vivia em imóveis de luxo nos países onde se escondia e chegou a comprar uma empresa, que utilizava para lavagem de dinheiro.
Segundo a imprensa espanhola, também chegou a viver na Espanha com um passaporte falso do Suriname sob o nome “Paul Wouter”.
Carvalho foi detido sob essa identidade quando a polícia espanhola confiscou uma carga de 1,7 tonelada de cocaína, em nome de Paul Wouter, num navio originário do Suriname.
Na operação deflagrada hoje, a PF cumpriu 13 mandados de prisão, 30 de buscas e sequestro de R$ 40 milhões em bens.
Fonte: www.midianews.com.br
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