O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, variou 0,42% em janeiro — apontando para uma desaceleração em relação à alta de 0,56% apurada em dezembro.
O número ficou acima das expectativas do mercado, que projetava desaceleração de 0,35% no mês.
De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (8), o IPCA inicia 2024 com alta acumulada de 4,51%, abaixo dos 4,62% observados nos últimos 12 meses anteriores.
Em janeiro de 2023, a variação do índice havia registrado 0,53%.
IPCA: Veja o que pesou na inflação
Dos nove grupos do IPCA, sete registraram alta em janeiro, com destaque para alimentação e bebidas — que registrou a maior variação (1,38%) e o maior impacto (0,29 p.p.). O grupo já vinha de uma alta de 1,11% em dezembro de 2023.
As altas da cenoura (43,85%), batata-inglesa (29,45%), feijão-carioca (9,70%), arroz (6,39%) e frutas (5,07%) pressionaram a alta de 1,81% do subgrupo alimentação no domicílio
No caso da alimentação fora do domicílio (0,25%), houve desaceleração em relação ao mês anterior (0,53%). Tanto o lanche (0,32%), como a refeição (0,17%), tiveram altas menores do que as registradas em dezembro (0,74% e 0,48%, respectivamente).
Na sequência, destaca-se a alta de Saúde e cuidados pessoais (0,83% e impacto de 0,11 p.p.), vindo principalmente pelos itens de higiene pessoal — que registraram alta de 0,94%.
Outro destaque da inflação de janeiro foi o grupo habitação, que registrou queda de 0,25%. A energia elétrica residencial fechou o mês com queda de 0,64%, influenciada pela incorporação de alterações nas alíquotas de ICMS. Os valores da taxa de água e esgoto tiveram expansão de 0,83%, enquanto o gás encanado caiu 0,22%.
A queda de 0,65% em transportes, foi influenciada pela desaceleração na compra de passagens aéreas (-15,22%), subitem com a maior contribuição individual (-0,15 p.p.) no IPCA do mês. Os combustíveis caíram 0,39%, com impulso do etanol (-1,55%), óleo diesel (-1%) e gasolina (-0,31%).
Em contrapartida, o gás veicular (5,86%) registrou alta. O subitem táxi apresentou alta de 1,25% devido aos reajustes que vigoraram no 1º de janeiro.
*Com informações da Agência IBGE
Fonte: moneytimes.com.br