Normalmente, as famílias de classe média e baixa são as que mais sentem as crises econômicas. São elas que sofrem com os aumentos de preço nos supermercados, serviços e postos de gasolina. No entanto, dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostram que a crise chegou à classe média alta.
Em maio, o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda registrou variação de 0,93% para as famílias pertencentes ao estrato de renda alta (ou seja, com renda domiciliar mensal maior que R$ 17.260,14). Já o grupo de renda muito baixa, com renda domiciliar mensal menor que R$ 1.726,01, foi justamente o que menos sentiu a inflação do período, com uma variação de 0,29%.
Confira abaixo a variação de maio:
- Renda muito baixa (menor que R$ 1.726,01): 0,29%
- Renda baixa (entre R$ 1.726,01 e R$ 2.589,02): 0,40%
- Renda média-baixa (entre R$ 2.589,02 e R$ 4.315,04): 0,47%
- Renda média (entre R$ 4.315,04 e R$ 8.630,07): 0,59%
- Renda média alta (entre R$ 8.630,07 e R$ 17.260,14): 0,62%
- Renda alta (maior que R$ 17.260,14): 0,93%
As maiores contribuições à inflação vieram dos grupos transportes; alimentos e bebidas; e saúde e cuidados pessoais. No caso dos transportes, além da alta de 1% dos combustíveis, também pesou o reajuste de 18,3% nas passagens aéreas – que impactou a inflação do segmento de renda mais alta – e os aumentos das tarifas de ônibus intermunicipal (1,2%) e interestadual (1,4%) – que pressionaram principalmente a inflação das classes de renda mais baixa. Por outro lado, a queda de 8% no preço da energia, em maio, gerou um alívio maior para as famílias mais pobres.
Acumulados
Apesar dos números de maio mostrarem que a classe alta sentiu a inflação, a verdade é que no acumulado do ano e nos últimos 12 meses, são os menos afortunados que veem o orçamento cada vez menor.
Nos primeiros cinco meses do ano, o grupo que acumula a maior variação inflacionária é o de renda média, com 4,85%. Em seguida, então os de renda baixa e renda média-baixa, com um acumulado de 4,82% cada. As famílias de classe alta são as que apresentam menor variação, de 4,66%. Veja:
- Renda muito baixa: 4,79%
- Renda baixa: 4,82%
- Renda média-baixa: 4,82%
- Renda média: 4,85%
- Renda média alta: 4,71%
- Renda alta: 4,66%
Já nos últimos 12 meses, o destaque vai para renda muito baixa: 12%. Aqui, a menor variação acumulada é do grupo de renda média-alta (11,2%), seguido pelos de renda alta (11,3%).
Confira abaixo:
- Renda muito baixa: 12%
- Renda baixa: 11,8%
- Renda média-baixa: 11,9%
- Renda média: 11,7%
- Renda média alta: 11,2%
- Renda alta: 11,3%
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Fonte: moneytimes.com.br