Houthis atacam petroleiro no Golfo de Áden

Houthis atacam petroleiro no Golfo de Áden
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Navio ligado ao Reino Unido pegou fogo, mas incêndio foi apagado, e embarcação seguiu viagem. Tripulação não se feriu. Rebeldes xiitas disseram que ataque foi realizado com mísseis.

Petroleiro Marlin Luanda pegou fogo em consequência de ataque houthi

Os rebeldes xiitas houthis do Iêmen reivindicaram a autoria de um ataque com mísseis realizado nesta sexta-feira contra um petroleiro ligado ao Reino Unido que acabou pegando fogo no momento em que navegava pelo Golfo de Áden, nas proximidades do Mar Vermelho. Neste sábado (27/01), a tripulação conseguiu debelar o incêndio no navio.

A embarcação, chamada Marlin Luanda, é operada em nome da Trafigura, uma gigante multinacional do comércio multinacional com sede em Cingapura, e navega sob a bandeira das Ilhas Marshall, mas é gerenciado pela Oceonix Services Ltd, empresa registrada no Reino Unido.

O secretário britânico de Defesa, Grant Shapps, disse que o Reino Unido continua “comprometido como como sempre” em proteger a liberdade de navegação após o ataque.

“Esse ataque intolerável e ilegal à navegação marítima é o mais recente contra pessoas inocentes e o comércio global”, disse ele no sábado. “É nosso dever proteger a liberdade de navegação no Mar Vermelho e continuamos comprometidos com essa causa, como sempre.”

Anteriormente, a Trafigura disse que um incêndio no petroleiro havia sido extinto com a ajuda de navios das marinhas indiana, americana e francesa e que toda a tripulação estava a salvo.

“O navio está agora navegando em direção a um porto seguro. A tripulação continua monitorando o navio e a carga de perto”, disse um porta-voz.

Houthis prometem continuar ataques

“As forças navais iemenitas (houthis) realizaram uma operação contra o petroleiro britânico Marlin Luanda no Golfo de Áden, usando vários mísseis navais apropriados. O ataque foi direto e resultou em um incêndio do navio”, escreveu na sexta o porta-voz militar houthi, Yehya Sarea, em sua conta oficial na rede social X (ex-Twitter).

O porta-voz informou que as forças rebeldes apoiadas pelo Irã continuarão suas operações militares para impor um bloqueio à navegação israelense nos mares Vermelho e Arábico até que um cessar-fogo seja alcançado na Faixa de Gaza e o cerco imposto ao território palestino seja suspenso.

A Marinha britânica relatou dois novos ataques a navios no Golfo de Áden, na costa do Iêmen, um dos quais pegou fogo após o impacto de vários projéteis.

Os houthis apoiados pelo Irã afirmam que, desde o dia 19 de novembro, lançaram mais de 200 drones e 50 mísseis contra navios comerciais e navios de guerra ocidentais no Mar Vermelho, em uma tentativa de prejudicar Israel economicamente e em apoio aos palestinos na Faixa de Gaza.

A tensão na região fez com que as principais linhas de navegação do mundo continuassem a ajustar suas rotas para evitar o tráfego por essa via marítima.

Os Estados Unidos e alguns de seus aliados executam desde meados de janeiro uma série de ataques aéreos contra a milícia houthi, em resposta aos agressões dos rebeldes xiitas contra cargueiros  de diferentes bandeiras no Mar Vermelho.

Os bombardeios são a resposta militar mais significativa à ofensiva persistente dos houthis no Mar Vermelho, e elevaram os temores de que o conflito entre Israel e o grupo fundamentalista islâmico Hamas na Faixa de Gaza se alastre para uma guerra regional no Oriente Médio – algo que a diplomacia dos EUA e da União Europeia (UE) tem tentado evitar há semanas.

Fonte:    dw.com


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