O dia dos finados é uma tradição instituída pela Igreja Católica como forma de homenagear os entes queridos que se já se foram. A data, celebrada no dia 2 de novembro, é marcada por homenagens, memórias e claro, a saudade.
A contadora Nelma Cristina de Arruda, 50, contou que nem sempre soube lidar com a morte. Ela que perdeu a mãe, Maria do Rosário e o sobrinho Victor – que ela considerava um filho – passou a entender a partida como algo que faz parte do ciclo da vida. Desde então, passou a realizar homenagens aos familiares.
“Com a minha evolução espiritual, entendi que a vida é uma jornada contínua, e a morte é apenas uma mudança de residência. A morte não é o fim, mas inicio de uma nova etapa da alma. Ir ao cemitério, acender velas aos falecidos representa a ideia de permanecer ao lado de Deus. Levo flores porque minha mãe ama, e é uma forma de expressar carinho e gratidão”, explicou.
Para a Analista Financeira, Jeanne Rackel, 46, a tradição começou em 2021 após perder o esposo. Ela acredita que é uma forma de honrar as memórias e relembrar os momentos que foram compartilhados, além de cumprir o chamado de Deus em ser ‘luz’.
“Mantenho a tradição como símbolo de que a luz ilumine os caminhos, guie, proteja no plano em que se encontra. Outro significado é que fomos chamados para sermos luz para o mundo. Essa é a expressão de amor, respeito e carinho que tenho de honrar e lembrar da luz que ele foi aqui na Terra”, pontuou.
A educadora, Monica Mendonça, 56, aprendeu a ir ao cemitério com o pai. Juntos, eles tinham o costume de irem todo dia 02 nas primeiras horas da manhã, visitar a avó dela, e os irmãos Wender e José Carlos, ambos enterrados no Parque Bom Jesus. Atualmente ela precisa cumprir sozinha, pois perdeu seu pai, em forma de continuar o legado ela mantém a tradição.
“Eu comecei indo com meu pai, nos íamos limpar os jazidos nos dias dos pais, no aniversário e no dia dos finados, então virou uma memória afetiva nossa, após sua partida eu continuo o legado deixado por ele, vou levar flores e acender vela como forma de os homenagear e me sinto muito feliz em ter a oportunidade de fazer isto”, finalizou.
No catolicismo, a morte é vista como uma transição para a vida eterna, e não como um fim em si mesma, ela ensina que, após a morte, cada pessoa será julgada por Deus com base em suas ações durante a vida.
Fonte: gazetadigital.com.br