Homenagem a Jobim faz parte do repertório de Ivan Lins em Brasília

Homenagem a Jobim faz parte do repertório de Ivan Lins em Brasília
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Há 30 anos, no dia 8 de dezembro, Tom Jobim nos deixava, mas as lindas músicas dele seguem emocionando, inclusive no Festival Estilo Brasil

Músico sofisticado que transitava com desenvoltura entre o popular e o erudito, Tom Jobim partiu cedo, há 30 anos, no dia 8 de dezembro, em Nova York. Para celebrar a data, homenagens pipocam no Brasil e mundo afora. Uma delas será no palco do Ulysses Centro de Convenções no próximo sábado, dia 14 de dezembro, às 21h30, dentro do Festival “Estilo Brasil”, com apresentação de Ivan Lins e Joyce Moreno. O show também marca o encerramento do Festival “Estilo Brasil”.

“Tom Jobim foi e é nosso mestre maior, floresta de onde vem tudo, um baobá que gerou todas as correntes musicais da segunda metade do século vinte”, afirma Joyce em entrevista ao Metrópoles. “Tenho orgulho de ter sido amiga desse homem genial e generoso, que abriu as portas para toda a nossa geração, e além. É o grande clássico moderno no mundo, nosso emblema maior.”

Antes de Ivan Lins e Joyce Moreno prestarem homenagem ao grande mestre da nossa música, Tom Jobim já havia sido plenamente reverenciado pelos cantores Danilo Caymmi e Stacey Kent dentro do Festival “Estilo Brasil” com a turnê “Um Tom Sobre Jobim”. Acompanhados do convidado especial Roberto Menescal, um dos remanescentes da bossa nova, cantaram composições inesquecíveis dele como as populares Águas de Março e Garota de Ipanema.

“Tom Jobim mora no meu coração”, declarou, num português gostoso, a cantora norte-americana Stacey Kent.

“O Tom definiu minha carreira”, contou em entrevista, também ao Metrópoles, Roberto Menescal, que queria seguir carreira noutra área bem diferente. “Ele mandou eu largar essas bobagens que eu estava querendo fazer – concurso público – e ser músico”, agradece.

Garoto de Ipanema

Nascido em 1927, na Tijuca, mas um autêntico garoto de Ipanema que batalhou a vida como músico nos bares e boates de Copacabana, Leme e Urca, Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim veio ao mundo – outra coincidência – pelas mãos do mesmo médico que fez o parto de outro grande nome da nossa música, Noel Rosa.

Assim como Roberto Menescal, tentou a faculdade de Arquitetura, cursando um ano, mas a música bateu mais forte no peito.

Apaixonado pela música de Villa-Lobos e admirador da obra de Ary Barroso e Radamés Gnatalli, logo era a sensação das noites cariocas com piano elegante e carisma inconfundível.

Em 1957, um reencontro com João Gilberto marcaria para sempre a vida e a história da música brasileira. Juntos, ajudaram a consolidar um dos movimentos musicais mais importantes do século 20: a bossa nova.

“João Gilberto inventou a batida da bossa nova. Tom inventou a música que acolheu essa batida e a levou para o mundo e para sempre. Um não seria o mesmo sem o outro”, resume, em entrevista ao Portal, o jornalista, escritor e biógrafo Ruy Castro, uma das maiores assumidades sobre a bossa nova e a trajetória de Tom Jobim.

Autor do livro que radiografou a história do movimento musical que sacudiu a música nos anos 50 e 60, o espetacular Chega de Saudade, Ruy lançou recentemente outra obra que é uma bela homenagem ao compositor de pérolas como Àguas de MarçoCorcovadoEu Sei Que Vou Te AmarDesafinado e Garota de Ipanema. Com pouco mais de 230 páginas, O Ouvidor do Brasil – 99 vezes Tom Jobim revela o lado humano, crítico e irônico, enfim, a relação do artista com o Brasil, por meio de crônicas cheias de relatos, informações e histórias de bastidores.

“É um mergulho em várias intimidades de Tom, como todo mundo, ele tinha muitas”, conta Castro. “Em meu livro mostro o Tom que existia fora do piano, tomando café na esquina, trocando pios com os pássaros, defendendo a mata, lutando pelo Brasil”, detalha.

Para Ruy Castro, a importância e legado de Tom Jobim para a música brasileira e internacional se faz presente na “busca da qualidade em tudo que fazia”. “Fazer bem feito, fazer bonito, fazer eterno. Se rendesse um dinheirinho, melhor ainda”, observa o jornalista e biógrafo.

Shows únicos

Ao todo, o Festival “Estilo Brasil” terá, até 14 de dezembro, várias atrações que, em formatos que vão de voos solos a parcerias, passearão por diversos gêneros: da MPB ao samba, do rap à bossa nova, flertando com o jazz, o pop rock e o hip hop. Artistas de peso como Ana Carolina, Paulinho da Viola, Xamã, Stacey Kent, Danilo Caymmi e Poesia Acústica já deram o ar da graça no palco do Ulysses Centro de Convenções.

Com o oferecimento do Banco do Brasil Estilo, patrocínio de Ourocard Visa, Banco do Brasil e Governo Federal, o projeto é realizado pelo Metrópoles e conta com a produção da Oh! Artes

Festival Estilo Brasil

Ivan Lins (abertura Joyce Moreno)
14 de dezembro

Local: Ulysses Centro de Convenções
Ingressos: Bilheteria Digital (cliente Banco do Brasil Visa têm 60% de desconto)
Clientes têm direito a adquirir até quatro (4) entradas por CPF (em qualquer categoria)

Fonte:  metropoles.com,br


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