A Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina) está investigando pacientes de sete cidades sobre dez casos suspeitos da “hepatite misteriosa aguda”, que apareceu em crianças.
As cidades são Itajaí, Balneário Camboriú, São José, Chapecó, Joinville, Ituporanga e Florianópolis, e as crianças acompanhadas tem idades entre 5 meses e 16 anos. Segundo a Dive, ainda não há previsão para a conclusão dos exames.
Leia mais:
- Cientistas imprimem parte funcional de um coração em 3D
- Anvisa pede isolamento de leitos de pacientes da varíola dos macacos
- Usuários de cannabis têm mais problemas em seus relacionamentos, aponta estudo
Na última sexta-feira (09), a Dive emitiu nota que dá orientações sobre o aumento de casos. Segundo o órgão, “a origem da doença permanece desconhecida, mas extensas investigações estão em andamento”.
Alguns casos têm sintomas gastrointestinais, incluindo dor abdominal, diarreia e vômitos antes de apresentarem a hepatite aguda grave (inflamação do fígado) e aumento dos níveis de enzimas hepáticas. Mesmo assim, os vírus comuns relacionados à hepatite aguda não foram detectados em nenhum dos casos.
Confira a relação de casos de hepatite
1) Itajaí – 7 anos
2) Balneário Camboriú – 16 anos
3) São José – 3 anos
4) Chapecó – 7 anos
5) Joinville – 8 anos
6) São José – 4 anos
7) Ituporanga – 4 anos
8) Florianópolis – 3 anos
9) Florianópolis – 5 meses
10) Florianópolis – 11 meses
Embora o adenovírus seja uma hipótese para causa, o Dive afirma que ele não explica totalmente a gravidade do quadro clínico. Extensas investigações epidemiológicas estão em andamento para identificar exposições comuns, fatores de risco ou ligações entre os casos.
Outras hipóteses levantadas são o aumento da suscetibilidade ao adenovírus entre crianças pequenas após a pandemia de Covid-19, devido à redução de patógenos, o surgimento de um novo adenovírus e a infecção pregressa ou coinfecção por coronavirus.
Vale mencionar que as hipóteses relacionadas aos efeitos colaterais das vacinas contra a Covid-19 não são suportadas atualmente. A Dive informa que a causa disso é que a grande maioria das crianças que apresentaram a doença não receberam a vacina contra a Covid.
Fonte: olhardigital.com.br