Grupo é preso e trabalhadores resgatados de fazenda onde estavam sem comida e pagamento

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Quatro pessoas foram presas, na sexta-feira (22), por policiais militares do 11º Batalhão, suspeitos de trabalho análago à escravidão, maus-tratos, ameaça e crime ambiental, na zona rural de Sinop (480 km de Cuiabá). Duas pessoas, de 41 e 56 anos, foram resgatadas do local.

Conforme informações do boletim de ocorrência, as vítimas conseguiram fugir e foram localizadas às margens da MT-140. Elas relataram que eram mantidas em trabalho análogo à escravidão em uma propriedade rural, em Bom Jardim, entre os municípios de União do Sul e Cláudia, a mando de uma família.

Uma das vítimas contou que trabalha com o suspeito há um ano e 4 meses, sem registro e que recebe apenas R$ 200 por mês. Segundo o relato das vítimas, os suspeitos não permitiam que eles mantivessem contato com familiares e eram constantemente ameaçados e agredidos com pedaços de mangueira ou facão.

As vítimas também relataram que não eram devidamente alimentadas e dormiam em pequenos colchões jogados ao chão. Também contaram que eram obrigadas a desmatar a região e carregar caminhões com toras de madeira, sem nenhum tipo de equipamento de segurança ou folga durante a semana.

As vítimas apresentavam diversos ferimentos pelo corpo. Uma delas foi contratada há 60 dias e nunca recebeu nenhum pagamento. Após a denúncia, os policiais militares se deslocaram até o endereço da família e autuaram os suspeitos em flagrante.

No local, as equipes encontraram diversas toras de madeira e um barracão improvisado utilizado pelas vítimas. Além de uma motosserra, uma luneta, e diversos utensílios para equipamentos de arma de fogo. À PM, eles contaram que não possuem autorização de nenhum órgão competente para o desmate.

Os suspeitos e as vítimas foram encaminhadas à delegacia para registro do boletim de ocorrência e demais providências cabíveis.

Disque-denúncia

A sociedade pode contribuir com as ações da Polícia Militar de qualquer cidade do Estado, sem precisar se identificar, por meio do 190, ou disque-denúncia 0800.065.3939.

 

 

 

 

Fonte: www.gazetadigital.com.br


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