Quatro encomendas contratadas pela FINEP/MCTI vão desenvolver tecnologias para fertilizantes, aperfeiçoamento de solos, um fermento do semiárido brasileiro e melhoramento genético da cana-de-açúcar
O Governo Federal, por meio Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), anunciou nesta segunda-feira (28) investimentos de R$ 40 milhões para o desenvolvimento de soluções tecnológicas no setor agropecuário. O anúncio foi feito pelo ministro do MCTI, astronauta Marcos Pontes numa cerimônia que contou com a presença da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, do presidente da FINEP/MCTI, Waldemar Barroso, do secretário de Pesquisa e Formação Científica do MCTI, Marcelo Morales, do diretor de Inovação da FINEP/MCTI, Otávio Burgardt e do secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação do MAPA, Fernando Camargo.
São quatro encomendas contratadas pelo MCTI, por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), vinculada ao Ministério, com recursos oriundos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Tecnológico (FNDCT), com valor total aproximado de R$ 40 milhões. Os projetos serão desenvolvidos por universidades e centros de pesquisa especializados. “Eu fico muito feliz em participar do anuncio dessas quatro encomendas para o desenvolvimento do setor de agronegócios. Temos que comemorar muito por colocar recursos substanciais num setor tão importante para o desenvolvimento do Brasil”, declarou Marcos Pontes durante a cerimônia.
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina destacou o ingrediente responsável pelas entregas no setor. “A parceria e integração tão intensas entre o MCTI e o MAPA, que acredito serem inéditas no país, foram fundamentais para que chegássemos hoje com mais essas conquistas para o setor do agronegócio. Mas para o Agro seguir avançando, precisamos de investimentos contínuos e ações concretas em prol da inovação. Hoje é um dia de celebração em nome do nosso partido que é o Brasil”, ressaltou a ministra do MAPA.
O presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP/MCTI), Waldemar Barroso, projetou o que se pode esperar para o futuro. “Temos visto a pujança do agronegócio brasileiro e tudo isso só é possível graças aos investimentos em ciências, tecnologias e inovações. Quando olharmos para o futuro veremos várias inovações em nosso agronegócio que terão como origem essas diversas iniciativas do governo federal por meio do MCTI com a participação operacional da FINEP”, avaliou.
A liberação dos R$ 40 milhões provenientes do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) passou por um processo de avaliação. O secretario de Pesquisa e Formação Científica do MCTI, Marcelo Morales, que preside o CT-Agro explicou como foi o trâmite. “Primeiro deve passar pelo setor, pela comissão setorial. Foi feita uma análise das prioridades para o setor. Depois foram apresentados os projetos que foram avaliados pela comissão dentro do CT-Agro. Depois de avaliados e aprovados o passo seguinte foi a aprovação dentro da secretaria executiva do MCTI e finalmente pelo conselho diretor do FNDCT. Existe um caminho criterioso e rigoroso para esses projetos sejam eles chamadas públicas ou contratações diretas, as encomendas”, revelou Morales que ainda lembrou que o governo federal por meio do MCTI está fazendo outros investimentos no setor.
“Em 2021 foram aprovados dentro do CT-AGRO um montante de R$61,1 milhões. Em 2022 R$76 milhões num total de R$137 milhões nos projetos para o desenvolvimento do setor de agronegócio no Brasil”, ressaltou.
Saiba mais sobre os quatros projetos anunciados nesta segunda-feira.
– Rede FertBrasil – Governança e soluções tecnológicas para o aumento da eficiência agronômica dos fertilizantes. O projeto FertBrasil, executado pela Embrapa, tem o objetivo de consolidar a rede como referência para a geração de tecnologias, processos e serviços que alavanquem uma nova indústria nacional de fertilizantes, aumentem a eficiência de uso e minimizem o impacto ambiental negativo dos fertilizantes e insumos para a nutrição de plantas. O projeto possui recursos de cerca de R$ 11 milhões para execução no prazo de 24 meses.
– Pesquisa e Desenvolvimento para produção do fermento Terroir do Semiárido brasileiro para aplicação em produtos lácteos. Projeto executado pelo Instituto Nacional do Semiárido (INSA), unidade de pesquisa do MCTI. O objetivo desta proposta é de desenvolver tecnologicamente fermentos autóctones, tidos como “Terroir do Semiárido Brasileiro”. Recurso de R$ 6,6 milhões num prazo de 36 meses.
– Novas tecnologias de avaliacão genética aplicadas aos Programas de Melhoramento da Cana-de-açúcar. Conduzido pela Universidade Federal de Goiás (UFG) com a participação de outras universidades brasileiras, inclui o desenvolvimento de plataformas de fenotipagem em larga escala, desenvolvimento de variedades transgênicas de cana-de-açúcar, caracterização molecular de bancos de germoplasma de cana-de-açúcar e cana-energia e desenvolvimento e uso de seleção genômica nos programas de melhoramento genético. Projeto com recursos de cerca de R$ 12 milhões e prazo de execução de 36 meses.
– PronaSolos: Rede para o avanço científico e tecnológico aplicado às múltiplas funcionalidades do solo, executado pela Embrapa Solos com o objetivo de estabelecer uma rede de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) para ampliação da capacidade nacional e competitiva em C&T e do desenvolvimento e aperfeiçoamento de conhecimento e de tecnologias relativos ao levantamento de solos e sua interpretação de uso em escalas iguais ou mais detalhadas que 1:100.000, compatíveis ao planejamento rural estadual, municipal e de microbacias hidrográficas, indispensáveis para garantir o desenvolvimento agroambiental sustentável no Brasil. O projeto possui recursos de cerca de R$ 12 milhões com prazo de execução de 24 meses.
fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações
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