O projeto prevê a construção de 730 quilômetros de trilhos e a geração de 235 mil empregos, impactando 27 municípios que estão na margem do traçado previsto
Uma iniciativa inovadora e um marco para a história de Mato Grosso, o contrato para construção da 1º Ferrovia Estadual do Brasil foi assinado pelo Governo do Estado em 20 de setembro de 2021. A Ferrovia Autorizada será construída e administrada pela empresa Rumo S/A, que prevê um investimento de R$ 11,2 bilhões em sua operação, recursos totalmente privados.
As cerimônias para assinatura do contrato foram realizadas nas cidades de Cuiabá, Nova Mutum e Lucas do Rio Verde, que serão diretamente beneficiadas pela chegada dos trilhos do trem.
O projeto prevê a construção de 730 quilômetros de trilhos e a geração de 235 mil empregos, impactando 27 municípios que estão na margem do traçado previsto. A previsão é que o trecho entre Cuiabá e Rondonópolis comece a operar em 2025, enquanto o trecho entre Lucas do Rio Verde e Rondonópolis deve entrar em operação em 2028.
“Com a ferrovia, vão ganhar os mato-grossenses, as indústrias, as pessoas. Vai ganhar quem mais precisa de oportunidade, pois mais de 230 mil empregos diretos e indiretos deverão ser criados. Muito mais que fazer história, estamos fazendo justiça ao nosso estado e à nossa gente”, afirmou o governador Mauro Mendes, durante o ato de assinatura realizado no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá.
A iniciativa foi destacada pela imprensa nacional. O Governo de Mato Grosso articulou, ainda em 2020, a aprovação de um Projeto de Emenda Constitucional que permitiu esse tipo de parceria com a iniciativa privada. “Uma lei estadual super clara, regulamentada. Um projeto diruptivo que impacta uma cadeia de valores gigantesca”, afirmou o presidente da Rumo S/A, João Alberto de Fernandes.
Em outubro, seguindo o exemplo mato-grossense, o Senado Federal aprovou o Marco Legal das Ferrovias, trazendo novos instrumentos de outorga para ferrovias em regime privado.
“A implantação da ferrovia vai transformar a realidade do Estado, para além da infraestrutura e da logística, com a geração de emprego, renda e o desenvolvimento dos municípios. Essa ferrovia vem trazer para Cuiabá e Mato Grosso o que era esperado por todos nós há mais de 100 anos. Essa obra é um marco de desenvolvimento para Mato Grosso, uma vitória do Estado e do governo Mauro Mendes”, afirmou o secretário de Infraestrutura e Logística, Marcelo de Oliveira.
Concessões de rodovias
O Governo de Mato Grosso também estabeleceu contratos com a iniciativa privada para melhorar a infraestrutura rodoviária. Em 2011, três lotes de rodovias foram concedidos à iniciativa privada, em uma extensão total de 512,2 km. O prazo da concessão é de 30 anos.
O primeiro lote corresponde a 138,4 km da MT-220 entre Tabaporã e Sinop; o lote 2 se refere a 233,3 km de quatro rodovias entre Jangada e o distrito de Itanorte, em Campo Novo do Parecis; e o terceiro lote compreende 140,6 km da MT-130 entre Primavera do Leste e Paranatinga. O investimento privado previsto nessas rodovias é de aproximadamente R$ 1,5 bilhão.
“As concessões nos dão tranquilidade de ter rodovias passando por manutenção regularmente e assim, o Estado vai ter condições de continuar fazer os investimentos necessários para diminuir os obstáculos para o crescimento de Mato Grosso”, afirmou o secretário Marcelo de Oliveira.
Rodoviária de Cuiabá
O Governo de Mato Grosso também assinou em 2021 o contrato de concessão do Terminal Rodoviário Engenheiro Cássio Veiga de Sá, em Cuiabá. Durante os próximos 25 anos, a empresa Sinart será responsável pela administração do local, com investimentos previstos em R$ 18,9 milhões.
Guilherme Blatt
Estado MT
Foto: Mayke Toscano