Em julho, impostos federais voltarão a incidir integralmente sobre os combustíveis
O preço da gasolina e do etanol aumentará a partir do próximo sábado (1º), com o retorno de impostos federais sobre os combustíveis. A reoneração já estava prevista desde fevereiro, e deve gerar impacto de R$ 0,22 por litro em ambos os combustíveis.
Na prática, o aumento na gasolina vai anular a queda de R$ 0,13 anunciada pela Petrobras há cerca de 10 dias. Além disso, a tendência é que o preço do combustível suba em relação ao que era praticado antes desta queda.
A volta dos impostos PIS/Cofins começou a valer no início de março. Na ocasião, porém, apenas parte dos tributos foi retomada, e o período de transição estava previsto para durar quatro meses. Isso significa que, a partir de julho, a reoneração será completa.
No final de maio, o governo confirmou que não tinha a intenção de prorrograr ainda mais a volta dos impostos sobre combustíveis.
Relembre
Os impostos federais sobre combustíveis foram zerados no ano passado, em uma tentativa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de fazer com que os produtos ficassem mais baratos.
No início deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prorrogou por dois meses a desoneração de impostos federais sobre combustíveis. No fim deste prazo, ou seja, ao final de fevereiro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi pressionado a manter os impostos zerados por mais tempo.
A decisão foi, então, um meio termo, reonerando pacialmente o etanol e a gasolina por quatro meses. Passado esse prazo, ou seja, a partir de julho, os impostos serão cobrados integralmente.
A alíquota de PIS/Cofins sobre a gasolina é de R$ 0,69 por litro, enquanto a taxa sobre o etanol é de R$ 0,24 por litro. Em fevereiro, a cobrança passou a ser de R$ 0,47 por litro da gasolina e de R$ 0,02 por litro do etanol – o que significa que, a partir de julho, cada combustível passará a ser tributado em mais R$ 0,22.
Já os tributos sobre diesel, biodiesel e gás de cozinha tiveram uma transição maior e permanecerão zerados até o final do ano.
Fonte: economia.ig.com.br