Chefe da Casa Civil apontou que Governo tenta corrigir erro do passado, que foi mudança do modal
O secretário-chefe da Casa Civil Rogério Gallo ironizou a defesa do prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) em favor do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), e disse que ele deve explicar o porquê da “paixão louca” pelo modal.
O governador Mauro Mendes (União Brasil) enfrenta um imbróglio no Tribunal de Contas da União capitaneado pelo prefeito, que tenta barrar a instalação do BRT (Ônibus de Trânsito Rápido) em Cuiabá e Várzea Grande. É que Mendes, em dezembro de 2020, desistiu do VLT e decidiu pela instalação do BRT.
Gallo lembrou que o VLT foi alvo de operações policiais e esquemas confessados pelo ex-governador Silval Barbosa, em delação premiada. Para Gallo, o que o governo Mendes fez foi resgatar o primeiro projeto aprovado para a Grande Cuiabá, que foi o BRT, e dado continuidade.
“Nós estamos na verdade resgatando o primeiro projeto que foi aprovado, que é o projeto tecnicamente correto, que lá em 2009 foi o BRT, que foi alterado inclusive de modo fraudulento. Nós estamos corrigindo um erro do passado. Enfim, são algumas viúvas do VLT, que elas têm que explicar porque essa paixão louca pelo VLT”, afirmou em entrevista à imprensa.
Atualmente, o Governo do Estado recorre da decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que mandou parar o processo de licitação das obras do BRT em maio deste ano. A ação que paralisar o certame é de autoria do prefeito Emanuel Pinheiro.
Segundo Gallo, o Executivo se sustenta na ausência de recurso federal nas obras, já que o empréstimo feito junto Caixa Econômica Federal em 2012 foi quitado.
“Foi apresentado um recurso que nós esperamos agora que o ministro Aroldo Cedraz coloque no plenário do Tribunal de Contas da União para nós defendermos a nossa posição. Não há recurso federal, não tem jurisdição. O Tribunal de Contas da União não tem jurisdição sobre recursos estaduais, essa é a principal linha de defesa”, disse.
“E de que também todas as falas do prefeito de Cuiabá no processo são falsas. Porque houve, sim, consulta pública, houve decisão de todos os municípios no Conselho Metropolitano aprovado por quase unanimidade, o único voto contrário foi do município de Cuiabá”, completou.
No processo, Emanuel alegou não ter sido “ouvido” pelo Governo quando houve a decisão de troca do modal, razão pela qual acionou o órgão federal.
Fonte: www.midianews.com.br