Português deixa a seleção polonesa para trabalhar no Brasil; Jesus é opção no Atlético-MG
Os dirigentes do Flamengo foram a Portugal com o objetivo de recontratar Jorge Jesus. Voltaram com Paulo Sousa. O treinador de 51 anos foi anunciado nesta quarta-feira (29) como novo técnico do clube rubro-negro.
Ele assinou contrato por dois anos e começa a comandar o elenco na apresentação para a nova temporada, em janeiro. O acordo foi definido e anunciado um dia depois de Jesus acertar sua rescisão contratual com o Benfica.
“Alô, Brasil. Esta é uma mensagem para a maior torcida do mundo: muito orgulho e satisfação de representar um clube com a grandeza incomparável do Flamengo. É hora de trabalhar muito para dar alegrias, títulos e aproximar os mais de 40 milhões de torcedores em torno do time. Jogaremos juntos”, afirmou Sousa.
A ideia de Marcos Braz (vice de futebol) e Bruno Spindel (diretor) era chegar a um acordo com Jorge Jesus, o português campeão brasileiro e da Libertadores de 2019 pela equipe e que vive até hoje no imaginário do torcedor flamenguista. Houve um acordo salarial, mas havia indefinição se ele conseguiria rescindir com o Benfica.
Os dirigentes começaram a procurar alternativas entre os profissionais do país, como Carlos Carvalhal, por exemplo. O nome mais viável passou a ser Sousa, principalmente porque o presidente Rodolfo Landim pressionava por uma solução.
Jesus passa agora a ser opção para o Atlético-MG, que recebeu pedido de demissão de Cuca também na terça-feira (28). Antes de ir para o Flamengo em 2019, o português estava quase acertado para dirigir a equipe mineira.
Para dirigir o clube rubro-negro, Paulo Sousa rejeitou a chance de ir à Copa do Mundo. Deixou a seleção polonesa que vai disputar os playoffs da Uefa em março. No dia 24, visita a Rússia. Se vencer, decidirá a vaga para o Mundial do Qatar em casa contra Suécia ou República Tcheca.
Poderia ser uma redenção no torneio para o português que, como volante, foi convocado para o torneio em 2002, na Coréia-Japão, mas não entrou em campo nenhuma vez.
Sua atitude de abandonar a Polônia a três meses dos jogos decisivos surpreendeu o astro da seleção, o atacante Robert Lewandowski.
“Ele está surpreso e chocado com a decisão de Sousa”, disse a assessora do artilheiro para um jornal polonês.
O presidente da federação local ficou revoltado e o chamou de “irresponsável”. Outro diário do país publicou na capa foto do português com a manchete: “Desertor”.
Na Gávea, ele terá a missão de recolocar o Flamengo no topo do futebol sul-americano. Será o substituto de Renato Gaúcho, que foi eliminado nas semifinais da Copa do Brasil, perdeu a decisão da Copa Libertadores e terminou em segundo no Brasileiro.
Para convencê-lo a aceitar o cargo, a diretoria do clube rubro-negro topou que Sousa chegasse ao Brasil acompanhado de mais seis profissionais para compor a comissão técnica.
No número de títulos conquistados na carreira, a trajetória de Paulo Sousa é mais expressiva como jogador. Ele venceu duas Champions League em anos consecutivos e por times diferentes. Em 1996, levantou a taça com a Juventus (ITA). Na temporada seguinte, fez o mesmo, mas pelo Borussia Dortmund (ALE).
Como treinador, ganhou a Taça da Liga da Hungria de 2012 pelo Videoton, o Campeonato Israelense de 2014 pelo Maccabi Tel Aviv e a Superliga da Suíça de 2015 no comando do Basel.
Fonte: diariodecuiaba.com