Exposição Bancos indígenas do Brasil recebe estudantes da Rede Municipal de Várzea Grande

Exposição Bancos indígenas do Brasil recebe estudantes da Rede Municipal de Várzea Grande
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Os visitantes puderam conhecer o trabalho dos povos do Xingu, Sul da Amazônia, Amazônia Oriental, Calha Norte e Noroeste Amazônico

Com apoio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), a exposição “Bancos indígenas do Brasil”, da Coleção BEI, estudantes da E.M.E.B ‘Ana Francisca de Barros’, que faz parte da rede municipal de Várzea Grande. Dezenas de grupos de estudantes já conheceram a exposição montada na Galeria de Artes da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT) e, até 24 de março, o evento irá receber a visita de outras escolas públicas e privadas, de segunda a sexta-feira, em horário comercial. No local, eles conhecem as peças criadas por várias etnias por meio de um deslumbramento estético com a beleza das formas, cores e o grafismos dos bancos indígenas brasileiros.

As obras foram talhadas a partir de um único tronco de madeira e pintadas com resinas naturais, como a seiva do Ingá misturado com pó de carvão e urucum. O grafismo e formato das peças espelham o universo cultural e a cosmologia de cada etnia que os criou. “Os bancos são geométricos e zoomórficos, refletindo a diversidade da fauna das regiões de que provêm”, explica Lucas de Albuquerque, coordenador de Educação escolar Indígena, da Superintendência de Diversidades (Sudi), que é ligada à Secretaria Adjunta de Educacional (Sage).

Para a professora Glória Maria de Almeida Souza, da E.M.E.B ‘Ana Francisca de Barros’, a exposição foi importante não só para os alunos, mas, também para os educadores presentes. “Os estudantes ficaram ansiosos para conhecer sobre o trabalho dos primeiros moradores da nossa terra. É necessário falar sobre eles, a influência da cultura indígena na nossa língua e os costumes. O indígena faz parte da nossa história e do nosso DNA”, disse.

A curadoria da mostra, assinada por Marisa Moreira Salles e Tomas Alvim, reuniu 86 bancos de 29 etnias, compondo um recorte representativo da diversidade e sofisticação da produção de bancos indígenas no Brasil. Entre as etnias encontram-se Karajá, Saterê-Mawê, Tukano, Xipaya, Waiwai, Tapirapé, Yudjá e Tiryó, dentre outras.

Segundo a estudante Maria Luiza Soares de Andrade Rocha, a exposição foi uma forma de conhecer um pouco mais da cultura indígena e se familiarizar com o trabalho. “Achei a exposição maravilhosa. Foi incrível saber que os índios fizeram esse trabalho tão bonito. Tenho amor por eles”, finalizou emocionada ao conhecer o trabalho indígena e seus detalhes.

O monitor da exposição, Daniel Ramos Enoré, disse que receber mais esse grupo de estudantes foi uma experiência inesquecível, pois, além do convívio pedagógico é uma forma de contextualizar as práticas educacionais. “A exposição promove um intercâmbio cultural com os nossos estudantes, junta o que eles aprendem em sala de aula e o que aprendem aqui na prática. Além de aprender sobre as etnias, eles conhecem um pouco mais sobre o convívio social, sobre e a arte e cultura deles”, expôs o monitor.

Bancos indígenas do Brasil

A mostra em Cuiabá é realizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio da CBMM, apoio da Secretaria do Estado de Educação (Seduc-MT), Secretaria do Estado de Cultura, Lazer e Esporte (Secel-MT), da Coleção BEI e Editora BEI. A Galeria Lava Pés fica na Avenida Jose Monteiro de Figueiredo, 510, Bairro Duque de Caxias. A entrada é gratuita e a exposição ficará disponível para visitação até 24 de março de 2023, de segunda a sexta-feira, em horário comercial.

Mailson Prado  Seduc-MT

Foto:Wesley Rodrigues

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