Grupo era composto por ex-presidentes da Bolívia, do Panamá e do México, que foram impedidos de viajar para a Venezuela
Um grupo de ex-presidentes, que viajaria para a Venezuela com o objetivo de acompanhar as eleições, diz ter sido impedido de voar para o país nesta sexta-feira (26/7) por ordens do regime de Nicolás Maduro.
Entre os tripulantes da aeronave, estavam os ex-presidentes da Bolívia Tuto Quiroga; do Panamá, Mireya Moscoso; e do México, Vicente Fox. Eles foram obrigados a abandonar o avião da Copa Airlines.
Segundo o presidente do Panamá, José Raúl Mulino, o avião foi impedido de decolar do aeroporto de Tocumen enquanto os ex-líderes políticos estivessem a bordo.
O chanceler panamenho, Javier Martínez-Acha Vásquez, confirmou que a aeronave foi impedida de voar para a capital venezuelana.
Uma ex-senadora da Colômbia que estava no voo disse que três aviões da mesma empresa, com cerca de 450 passageiros, entre eles eleitores venezuelanos, foram impedidos de decolar até as autoridades se retirarem da aeronave com destino a Caracas.
“Nos tiraram do voo da Copa [Airlines] em que íamos para Caracas com Mireya Moscoso, Vicente Fox, Tuto Quiroga e Eduardo Quiros, por ordem do governo venezuelano”, escreveu Marta Lúcia em uma publicação no X.
“Apesar da tristeza de não conseguirmos cumprir o nosso objetivo de chegar hoje a Caracas, decidimos descer com responsabilidade para não afetar a tripulação dos três voos, nem a companhia aérea. Isso mostra claramente que a ditadura só quer se cercar de seus comparsas para o 28 de julho.”
Até o momento, o governo de Nicolás Maduro ainda não se pronunciou sobre o assunto. A companhia responsável pelo voo também não comentou o incidente envolvendo a delegação de ex-líderes da América Latina.