Esquema que sonegou R$ 42 milhões usou “laranja” como sócio

Esquema que sonegou R$ 42 milhões usou “laranja” como sócio
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Ao menos quatro postos realizaram a venda fictícia de milhares de litros de combustíveis

A Polícia Civil apurou que um dos principais operadores do esquema investigado na Operação Bomba Fantasma utilizou um “laranja” para compor o quadro societário e administrar a empresa.

Deflagrada na semana passada, a operação investigou postos que simularam a venda de combustíveis para obter crédito tributário em um esquema que pode ter provocado um rombo de R$ 42 milhões aos cofres públicos. O caso é investigado pela Delegacia Especializada de Crimes Fazendários (Defaz).

De acordo com o delegado Rafael Scatolon, a Defaz ouviu dez envolvidos no esquema e foi apurado que um dos operadores do “posto fantasma” era J.N.A.S, um dos principais responsáveis na organização criminosa que utilizou um “laranja” para operar o esquema.

O delegado titular da Defaz, Walter Fonseca de Melo Junior, explica que também foi possível apurar que o mesmo suspeito, empresário reconhecido no segmento de combustível, já se utilizou de nome falso para abertura de empresas do mesmo ramo do que é investigado na operação.

Após a deflagração da Operação Bomba Fantasma, no dia 6 de julho, a Defaz avançou nas investigações para desarticular uma organização criminosa constituída por um núcleo de empresários do segmento de combustíveis e outro de empresas do ramo de transportes, cujo objetivo era a venda de notas fiscais às transportadoras, para fins de aproveitamento de crédito fiscal.

Ao todo fora cumpridas 30 ordens judiciais deferidas pela juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá.

A investigação conjunta da Defaz, Comitê de Recuperação de Ativos (Cira) e Secretaria de Estado de Fazenda identificou que, em 2018, pelo menos quatro postos de combustíveis realizaram a venda de milhares de litros de diesel a transportadoras sem que houvesse efetiva circulação da mercadoria, ou seja, sem o abastecimento na bomba.

Com a auditoria realizada pela Coordenadoria de Fiscalização de Combustível, Comércio e Serviços da Sefaz e o aprofundamento das investigações pela Delegacia Fazendária foi apontado que dos quatro postos, três pertencem ao mesmo grupo de empresários, e que um posto, na cidade de Alto Garças, foi responsável por realizar a venda de 10,754 milhões de litros de óleo diesel, sem adquirir um único litro para seu estoque, reforçando apenas a venda da nota fiscal fictícia.

 

 

 

 

Fonte: www.midianews.com.br


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