À CNN Rádio, o infectologista Clóvis Arns da Cunha explicou que a doença causa dores que podem se estender por um longo período
A herpes zoster é uma doença causada pelo vírus varicella-zoster – o mesmo que da catapora.
Em entrevista à CNN Rádio, no Correspondente Médico, o infectologista Clóvis Arns da Cunha explicou que ela se difere da herpes simples.
Embora sejam do mesmo gênero, a simples costuma ter vesículas no lábio, genitais e braços, e “tem muita recidiva, que pode aparecer em quadros de stress.”
A medicação é antiviral e não há vacina contra ela.
Já a zoster “é diferente”: quem teve contato com o vírus da catapora, tendo evoluído para a doença ou ficado assintomático, permanece com ele latente no corpo.
Dessa forma, “a partir dos 50 anos, quando diminui a capacidade de defesa do corpo, essa parcela da população tem risco maior de ter zoster.”
Geralmente, “ela acomete um lado do corpo só, na região do olho e na testa ou no peito e costas.”
De acordo com Arns, a pele fica vermelha e “há dezenas, às vezes centenas, de bolhas de água.”
“Essa fase apresenta dor”, disse ele, e a principal complicação vem 3 meses depois, na fase da neurite, ou seja, inflamação dos nervos.
“O paciente muitas vezes continua com dor por meses”, disse, ao reforçar que idosos tem maior chance dessa dor intensa.
A transmissão do vírus ocorre pelo contato direto com a pele ou secreções respiratórias, de pessoa para pessoa.
O tratamento é feito com antivirais: “Os medicamentos que usamos só têm ação se usados nos primeiros três dias de lesão.”
Por esse motivo, ao identificar as lesões, é importante procurar um médico.
O infectologista lembrou que há vacina contra a herpes zoster, indicada para pessoas de 50 anos ou mais ou acima de 18 anos que são imunossuprimidas.
São duas doses, com intervalo de dois a seis meses, sem necessidade de reforço, com eficiência entre 90 e 95%.
Fonte: cnnbrasil.com.br