Emanuel exonera 721 servidores da Saúde; UPA é “fechada”

Emanuel exonera 721 servidores da Saúde; UPA é “fechada”
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Vereador foi até a Unidade de Saúde do Pascoal Ramos e identificou pacientes retornando para casa

O prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) exonerou, nesta quarta-feira (20), 721 servidores temporários da Secretaria de Saúde. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Bairro Pascoal Ramos teve o atendimento prejudicado, ficando praticamente vazia.

São 70 servidores da sede da Secretaria Municipal de Saúde; 234 das Unidades Básicas de Saúde; 271 servidores das UPAs, policlínicas e demais unidades da atenção secundária; e 146 servidores do antigo Pronto Socorro e Central de Regulação.

A exoneração atende a uma decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, proferida em novembro do ano passado, segundo a qual o Executivo não poderá fazer novas contratações temporárias sem justificativa e critério na Secretaria de Saúde.

A decisão está no âmbito da ação que resultou na Operação Capistrum, que chegou a afastar Emanuel do cargo por mais de 30 dias. Ele é acusado de ter utilizado contratações de servidores temporários e pagamento de “prêmio saúde” como forma de pagar ou manter favores a aliados políticos.

Após o anúncio da exoneração, o vereador de oposição Dilemário Alencar (Podemos) visitou a UPA Pascoal Ramos e identificou a ausência de atendimento médico e, em consequência, o retorno deles para casa – veja vídeo abaixo.

“Não tem médico porque o prefeito não atendeu as recomendações para fazer concurso e a Saúde sempre foi usada como palanque político, para indicações política”, disparou o vereador.

Na visita, Dilemário notou que agentes do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) tiveram que ir a outras unidades em busca de atendimento aos pacientes.

“O Samu traz, chega aqui e o senhor não será atendido porque não tem médico. A culpa é do prefeito Emanuel Pinheiro”, afirmou.

Segundo a Prefeitura, a UPA do Pascoal Ramos não foi fechada, mas precisou priorizar o atendimento. Lá havia nesta quinta um clínico no corredor atendendo as urgências e pacientes internados, um médico no box atendendo pacientes graves, dois pediatras atendendo as crianças internadas e as urgências e realizando suporte no atendimento clínico das urgências que são chegando.

A Prefeitura ainda apontou que a Secretaria chegou a ingressar com recurso para tentar a prorrogação dos contratos temporários, mas foi negado. A Pasta admite que os serviços de Saúde da Capital serão afetados com a demissão em massa.

“Importante ressaltar que, diante deste número de servidores exonerados, os atendimentos em toda a rede municipal de saúde serão seriamente afetados”, disse.

Um processo seletivo chegou a ser realizado em janeiro, mas ninguém foi convocado. Assim, a intenção da prefeitura é chamar parte do pessoal para recompor o quadro.

“Para tentar diminuir o impacto das demissões, a Secretaria Municipal de Saúde acatou a recomendação do Ministério Público e fará a contratação urgente dos aprovados no segundo processo seletivo simplificado, cujo resultado foi divulgado na terça-feira (19) no site da banca examinadora, observando a ordem dos classificados com maior pontuação”, consta em nota.

 

 

 

 

Fonte: www.midianews.com.br


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