Serão R$ 400 milhões em chamadas de subvenção econômica para empresas e startups do setor, R$ 180 milhões para veículos lançadores e R$ 220 milhões para satélites
Em um dos últimos compromissos ainda como ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, o astronauta Marcos Pontes foi o entrevistado desta quarta-feira (30) no programa “A Voz do Brasil”. E na data em que se comemora 16 anos da Missão Centenário – quando o primeiro astronauta brasileiro decolou do Cosmódromo de Baikonur rumo à Estação Espacial Internacional – o programa espacial brasileiro tem mais motivos para comemorar. “Em primeira mão eu anuncio que hoje foi aprovado um fundo de R$400 milhões para a indústria do setor aeroespacial brasileiro desenvolver plataformas de foguetes e de satélites nacionais. Isso faz parte de todo trabalho que tem sido feito para que nosso programa espacial decole de vez”, declarou Pontes.
O recurso foi aprovado pelo Conselho Deliberativo do Fundo Nacional de Ciência e Tecnologia (FNDCT). São duas cartas-propostas para o setor espacial — chamadas de subvenção econômica para empresas e startups. A expectativa é que as chamadas focadas para desenvolvimento de veículos lançadores e satélites sejam lançadas até final de junho. Serão R$ 220 milhões para satélites e R$ 180 milhões para veículos lançadores.
Durante cerca de 15 minutos, o ministro do MCTI fez um balanço das principais ações realizadas à frente da pasta. Foram abordados temas como o programa espacial brasileiro, programa nuclear, inteligência artificial, internet das coisas, materiais avançados, tecnologia assistiva, popularização da ciência, ações de enfrentamento da pandemia de Covid-19, investimentos em tecnologia para o agronegócio, construção do Laboratório de Biossegurança Nível 4, ampliação das linhas de transmissão do acelerador de partículas Sirius e vacinas nacionais.
“Acredito que ainda em 2022 poderemos começar a produzir a vacina nacional RNA MCTI CIMATEC HDT contra a Covid-19. Segundo o pesquisador que coordena os estudos, professor Roberto Badaró, em 9 meses após o início dos testes fase 1 [que começaram em janeiro] poderemos finalizar a etapa de estudos clínicos fases 1, 2 e 3 e partir para a produção da vacina. Lógico que isso depende do número de voluntários que teremos”, adiantou.
Durante a entrevista Pontes lembrou também da parceria coordenada pelo MCTI para o desenvolvimento do Centro Nacional de Tecnologias de Vacinas (CN Vacinas), que possibilitará aos cientistas brasileiros terem condições de produzir as vacinas no país. A iniciativa abre espaço para outros avanços, como o uso dessas tecnologias para proteger a população brasileira contra outras doenças negligenciadas como a dengue, zika e chicungunha.
Confira abaixo como foi a entrevista:
fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações
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