‘É um padrão alegarem insanidade, traumas, diabetes”, afirma delegado sobre feminicida

‘É um padrão alegarem insanidade, traumas, diabetes”, afirma delegado sobre feminicida
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Delegado Marcel Gomes, responsável pelo inquérito sobre a morte da advogada Cristina Castrillon, 48, afirmou que o ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, 49, mostrou total capacidade mental em cometer o crime. Isso porque ele tentou alegar em sua prisão que tem atestado psiquiátrico. Para o delegado, trata-se de um homem frio e calculista. À polícia, ele admitiu que “fez merda”, mas não esperava ser preso tão rápido. Acusado foi detido cerca de 2h após a comunicação do crime.

Em entrevista nesta quinta-feira (24), o delegado apontou que o ex-policial passou por um novo exame clínico, onde confirmou estar apto, inclusive para trabalhar. Segundo Marcel, Almir tirou a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para trabalhar como motorista de aplicativo recentemente.

“Laudo dizendo que ele estava apto, tanto suas capacidades físicas, tanto mentais, consequentemente ele tirou sua carteira para trabalhar de motorista de táxi e aplicativo. Então, é um padrão essas pessoas que cometem feminicídio alegar diabete, problemas psiquiátricos, traumas de infância, muito pelo ao contrário, na hora que a gente prendeu ele, se mostrou uma pessoa com muita capacidade mental para conversar e dizer tudo o que estava conversando ali”, destacou o delegado.

Determinação para que Almir passasse por uma nova avaliação psiquiátrica foi do magistrado Geraldo Fidelis, da Vara de Execuções Penais, no dia 15 de agosto, um dia após o suspeito passar por audiência de custódia. Ele está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE).

Ele já respondia por roubo qualificado, ocorrido em 8 de dezembro de 2014, em Campo Verde (131 km ao sul de Cuiabá). No entanto, alegou insanidade mental. Na época, era para ele ficar internado no Hospital Adauto Botelho, porém não havia vaga e a unidade se recusou receber Almir.

Conclusão de inquérito

Investigação apontou que Cristiane foi morta entre 00h e 2h do domingo (13). Em depoimento à polícia, vizinhos disseram que ouviram a mulher gritar.

Inquérito apontou que o corpo da advogada ficou cerca de 6 horas dentro da casa do assassino, antes de ser deixado no Parque das Águas, na manhã de domingo. Enquanto o ex-policial limpava a sujeira de sangue com produtos químicos, um deles creolina, o corpo ficou na sala. Objetivo era esconder as provas do crime.

Fonte: www.gazetadigital.com.br


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