Márcio Paulo de Souza e Marcos Pereira Soares foram condenados a 42 anos de prisão pelo assassinato de Severino Messias Santos, no bairro Três Barras, em Cuiabá. O crime ocorreu em 2020 e o júri popular da dupla realizado em abril.
Márcio Paulo recebeu pena de 23 anos de prisão e o 19 anos.Conforme a Polícia Civil, os réus foram indiciados pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Também foram acusados de furto, já que após praticarem o ho
micídio, levaram da casa da vítima pertences como aparelhos eletrônicos, celular e botijão de gás.Os criminosos atacaram a vítima em sua casa, com várias facadas e enterraram o corpo sem roupas em uma cova rasa nos fundos de casa.
O corpo foi encontrado no dia 24 de maio de 2020, após vizinhos sentirem mau cheiro vindo da casa e acionar a polícia. O corpo já estava em decomposição.
Investigação e prisões
Após as investigações realizadas pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), os dois suspeitos pelo crime foram presos temporariamente em junho de 2020, em cumprimento a mandados judiciais decretados pela 12ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá.
Durante a apuração do crime, um deles foi ouvido pela Polícia Civil e assumiu a autoria do homicídio.
Conforme o delegado Caio Albuquerque, a vítima foi morta por motivo fútil e com emprego de recurso que impossibilitou sua defesa. “No momento em que foi morta, a vítima encontrava-se nua em seu quarto, sem antever o que lhe ocorreria, quando foi surpreendida pelas inúmeras facadas”, disse o delegado.
Depoimentos
Ouvido em interrogatório, um dos autores, que era vizinho da vítima, declarou na DHPP que tinha uma relação de amizade com a Severino e foi à casa dele algumas vezes para fazer manutenção em eletrônicos. Ele alegou ainda que soube da morte da vítima por um amigo e esteve na casa de Severino, antes da vítima desaparecer, para consertar um “radinho”, tendo permanecido no local por 3 horas e este foi seu último contato pessoal com a vítima.
Uma testemunha ouvida pela Polícia Civil relatou que um dos criminosos sempre frequentava a casa da vítima para beber cerveja e não o teria visto em nenhuma oportunidade prestando serviços de conserto de eletrônicos, pois a vítima era quem consertava os próprios pertences.
O outro criminoso condenado acabou assumindo participação no crime quando foi questionado pela equipe da DHPP. Ele tinha 18 anos à época do homicídio, assumiu seu envolvimento na ocultação do cadáver da vítima, mas se eximiu de participação no homicídio de Severino.
Fonte: www.gazetadigital.com.br