Dólar tem queda acentuada frente ao real após dados de inflação dos EUA abaixo do esperado

Dólar tem queda acentuada frente ao real após dados de inflação dos EUA abaixo do esperado
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 O dólar caía acentuadamente frente ao real nesta terça-feira, acompanhando a fraqueza internacional da moeda norte-americana após dados de inflação dos Estados Unidos mais baixos do que o esperado, que reforçaram esperanças de que o Federal Reserve moderará seu ritmo de aperto monetário.

Por volta de 11h18 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,88%, a 5,2650 reais na venda. Mais cedo, a divisa chegou a cair 1,31%, a 5,2427 reais.

O Departamento do Trabalho dos EUA informou nesta terça-feira que o índice de preços ao consumidor subiu 0,1% no mês passado, após avanço de 0,4% em outubro. Economistas consultados pela Reuters projetavam alta de 0,3%.

Nos 12 meses até novembro, o índice subiu 7,1%, menor taxa desde dezembro de 2021, mostrando desaceleração em relação ao aumento de 7,7% visto em outubro e reforçando expectativas de que o Federal Reserve desacelerará o ritmo de seu aperto monetário.

A leitura abaixo do esperado “sem dúvida deve ser vista como uma notícia positiva de curto prazo e pode dar sustentação ao mercado em um fim de ano sazonalmente mais positivo e com posição técnica saudável”, disse em publicação no Twitter Dan Kawa, diretor de investimentos da TAG Investimentos

No entanto, ele ponderou que a inflação de serviços e as pressões de salários, que tendem a ser mais inerciais, “continuam preocupantes”, de forma que a leitura de preços ao consumidor ainda seria compatível com uma alta de juros de 0,50 ponto percentual pelo Fed nesta semana, custos de empréstimo terminais em torno de 5% e juros mais altos por mais tempos.

Quanto mais agressivo é o Fed na conduta de seu aperto monetário, mais o dólar tende a se beneficiar globalmente, conforme investidores redirecionam recursos para o mercado de renda fixa norte-americano. Mas o oposto também vale, e posicionamentos mais brandos do banco central dos EUA geralmente abrem espaço para a valorização de divisas consideradas arriscadas.

Já no Brasil, investidores monitoravam o clima em Brasília depois do maior episódio de violência pós-eleitoral no país visto na noite da véspera, quando apoiadores do presidente Jair Bolsonaro tentaram invadir a sede da Polícia Federal, após a prisão pela PF de um líder indígena ligado ao grupo.

O foco também recai sobre o recém-anunciado ministro da Fazenda do governo eleito, Fernando Haddad. No fim do dia ele concederá entrevista à imprensa, depois de ter afirmado na véspera que anunciará nesta terça-feira dois ou três membros de seu futuro time.

A XP citou em nota “cautela em relação aos nomes ventilados à composição da equipe econômica do governo eleito”, com destaque para rumores na segunda-feira de que o petista Aloizio Mercadante estaria sendo cotado a assumir o comando do BNDES ou da Petrobras.

A PEC da Transição também segue no radar, com expectativa de que a Câmara dos Deputados inicie nesta semana a análise da proposta, já aprovada pelo Senado.

Na véspera, o dólar negociado no mercado interbancário subiu 1,26%, a 5,3121 reais, maior valorização diária desde segunda-feira passada (+1,35%) e patamar de encerramento mais alto desde 28 de novembro (5,3645)

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Fonte:    msn.com

DN

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