Dólar cai a R$ 5,02 e Bolsa encosta nos 120 mil pontos; Vale dispara

Dólar cai a R$ 5,02 e Bolsa encosta nos 120 mil pontos; Vale dispara
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O dólar caía acentuadamente nesta sexta-feira (4) com expectativas sobre a entrada de recursos estrangeiros no Brasil após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de que a China poderá relaxar medidas de combate à Covid.

Investidores também interpretavam que o relatório de empregos nos Estados Unidos mostrava que o mercado de trabalho começou a perder fôlego e que, com isso, a inflação global começará a desacelerar.

Às 11h55, o dólar comercial à vista recuava 1,79%, a R$ 5,0320 na venda. Mais cedo, chegou a recuar à casa dos R$ 5,02.

No mercado de ações do Brasil, o Ibovespa subia 2,44%, aos 119.750 pontos. Um pouco antes, o índice referência da Bolsa de Valores havia tocado a máxima do dia de 119.821.

Ações ligadas à exportação de minério de ferro, aço, proteína animal e outras mercadorias que têm a China como principal mercado disparavam. A Vale saltava 8,44%. A siderúrgica CNA avançava 9,31%. O frigorífico Minerva ganhava 5,67%.

O avanço da Bolsa só não era maior devido à queda de 0,73% das ações da Petrobras. Analistas do Goldman Sachs cortaram a recomendação dos papéis da petrolífera de “compra” para “neutro”, argumentando um aumento da incerteza em torno das políticas a serem adotadas nos próximos anos, conforme relatório enviado a clientes após a publicação dos resultados do terceiro trimestre.

A Petrobras reportou na véspera lucro líquido de R$ 46,09 bilhões entre julho e setembro, alta de 48% ante o mesmo período do ano passado, com a disparada dos preços do petróleo.

Nesta quinta-feira (3), o dólar comercial à vista fechou com ligeira alta de 0,23%, cotado a R$ 5,1240, apesar da forte valorização da moeda americana no mundo após novo aumento da taxa de juros americana nesta quarta (2), quando foi feriado no Brasil.

O Ibovespa, índice parâmetro da Bolsa de Valores brasileira, sofreu uma pequena queda de 0,03%, recuando aos 116.896 pontos.

Investidores negociaram atentos à situação das rodovias brasileiras depois que o presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu na véspera que os protestos golpistas de seus apoiadores não bloqueiem a circulação nas estradas.

Além disso, o mercado acompanhou os primeiros passos da equipe de transição, que acertou nesta quinta a apresentação de uma PEC (proposta de emenda à Constituição) para autorizar despesas acima do teto de gastos, incluindo a continuidade do benefício mínimo de R$ 600 do Auxílio Brasil.

No mercado americano de ações, os principais indicadores aprofundaram as quedas. O S&P 500, parâmetro da Bolsa de Nova York, fechou em baixa de 1,06%.

Na quarta-feira (2), o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) elevou a sua taxa de juros pela sexta vez em 2022, sendo que este é o quarto aumento seguido de 0,75 ponto percentual. Agora, a taxa de juros dos Estados Unidos avança para um patamar entre 3,75% e 4% ao ano.

O ritmo de aceleração dos juros é o mais rápido no país em mais de quatro décadas e, além disso, antes de junho deste ano, a última vez que a taxa tinha subido em 0,75 ponto foi em 1994.

Essa sequência de aumentos, considerada muito agressiva para o padrão americano, acontece devido à necessidade de frear a maior inflação no país em mais de 40 anos.

O índice de preços ao consumidor americano acumula alta de 8,2% em 12 meses até setembro, depois de ter subido 8,3% em agosto e ter atingido um pico de 9,1% em junho, que foi o maior avanço do custo de vida desde novembro de 1981. São patamares muito superiores à meta de 2% para a inflação anual do país para 2022.

Fonte:    msn.com


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