Uma doação de sangue pode salvar até quatro vidas, mas menos de 2% dos brasileiros doam sangue e hemocentros vivem com estoques baixos. Segundo especialistas e autoridades de saúde, muita gente só pensa em doar quando alguém próximo precisa, mas umas das principais explicações da baixa adesão é o medo e o desconhecimento sobre a doação.
Quem pode e quem não pode doar sangue no Brasil? Em geral, as pessoas com idade entre 16 e 69 anos e que estejam pesando mais de 50kg podem doar sangue, salvo raras exceções – entre elas, certos problemas de saúde, gravidez e ingestão de substâncias. Vale lembrar que desde o início de 2020 não há mais restrições para a doação de sangue por homens que fizeram sexo com outro homem.
Veja mais abaixo detalhes sobre as restrições vigentes no país e onde encontrar o lugar mais próximo para fazer uma doação no Brasil.
A segurança de quem doa e de quem recebe é prioridade quando se fala em doação de sangue. E embora atualmente este procedimento seja simples e seguro, isso nem sempre foi assim no país, explicando em parte a insegurança da população.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece como meta a doação por 3% a 5% da população de um país, e o Brasil chega a 1,9%, segundo dados do Ministério da Saúde
No início de 2021, a farmacêutica Abbott fez um levantamento em oito países (incluindo o Brasil) sobre doação de sangue. Segundo os resultados, 54% das pessoas nunca doaram e não pretendem doar no futuro — elas têm idade entre 16 e 44 anos, de classe social média e baixa, com renda fixa e não são casadas.
Doar sangue não faz parte da rotina de 48% da população (mas acabam doando quando solicitados ou em casos de tragédia que geram comoção pública). Outros 23% doam apenas pontualmente e 9% apenas quando solicitados, em casos de necessidade de familiares ou conhecidos. Como dito acima, dois dos principais obstáculos são o medo e a falta de informação em relação à segurança do procedimento.
“A gente não pode se basear apenas em campanhas emergenciais. Doar sangue tem que ser constante, para podermos oferecer uma quantidade suficiente para os pacientes. Temos que manter isso sempre na visão das pessoas, na mídia, dentro de empresas, clubes. Só vamos resolver o problema da quantidade de sangue doado na hora em que todo mundo estiver conscientizado através de estímulos constantes. Aparecer em todos os lugares: ‘Você já doou sangue hoje?'”, defende o médico hematologista José Francisco Comenalli Marques Júnior, presidente da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH).
Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, estar em boas condições de saúde e pesar mais de 50kg
Das mais de 3,7 milhões de pessoas que doaram sangue no Brasil em 2019, a maioria (59,7%) dos doadores é do sexo masculino e possui mais de 29 anos (61,9%), segundo o 8º Boletim de Produção Hemoterápica do Brasil da Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária). A cada 10 doadores, 6 doaram de forma espontânea (sem identificar um receptor) e 4 fizeram isso pela primeira vez naquele ano.
Uma pessoa adulta tem, em média, 5 litros de sangue. Menos de 10% é retirado na doação e “o organismo repõe o volume de sangue doado nas primeiras 72 horas após a doação”, explica o Instituto Nacional do Câncer.
Homens podem fazer até quatro doações no período de um ano, com intervalo de 60 dias entre elas. Mulheres podem realizar até três doações num espaço de 12 meses, com intervalo de 90 dias entre elas.
O Brasil conta com cerca de 100 hemocentros em todo o país e para doar o voluntário precisa ir a um portando documento oficial com foto. Encontre aqui o hemocentro mais perto da sua casa.
Quem pode e quem não pode doar sangue?
Para ser um doador de sangue no Brasil, é preciso ter entre 16 e 69 anos (sendo que a primeira doação deve ser feita antes dos 60 anos), estar em boas condições de saúde e pesar mais de 50kg. Menores de 18 anos podem doar apresentando autorização dos responsáveis.
Segundo dados da Anvisa, entre as principais causas identificadas que levam à inaptidão do doador estão anemia (14%), comportamento de risco para infecções sexualmente transmissíveis (13%), hipertensão (5%), hipotensão (2%), malária (1%), alcoolismo (0,5%) e uso de outras drogas (0,5%).
Há dois tipos de restrições para doação de sangue: as definitivas e as temporárias.
Restrições temporárias para doação:
– Doenças e condições de saúde
Doadores que apresentem febre ou manifestem sintomas de gripe ou resfriado, por exemplo, precisam esperar sete dias depois do fim dos sintomas. As pessoas que estão passando por episódios de conjuntivite ou diarreia recente e suspeita de covid-19 também não podem doar temporariamente.
Os homens podem fazer até quatro doações por ano, com intervalo de 60 dias entre elas
Quem tem diabetes gestacional ou passa por tratamento para epilepsia não pode doar sangue.
No caso de hipotireoidismo, se estiver controlado, a pessoa pode doar sangue, mas quem estiver em tratamento para hipertireoidismo não pode realizar o procedimento. Hipertenso em estado descompensado também não deve doar sangue, mas pode fazê-lo se a condição estiver sob controle.
– Gravidez, amamentação, aborto e menstruação
Há restrições temporárias também para mulheres grávidas ou em pós-parto (90 dias para parto normal e 180 dias para cesariana), bem como as que estão amamentando (12 meses após o parto). O impedimento também inclui mulheres que sofreram aborto nos três meses que antecedem a doação. Mulheres que estão menstruadas podem doar se não apresentarem anemia.
– Ingestão de substâncias
Outros impedimentos considerados temporários são ingestão de bebida alcoólica ou outras substâncias psicoativas nas 12 horas que antecedem a doação e extração dentária ou canal nos sete dias antecedentes. Quem fez tatuagem ou colocou piercing nos últimos 12 meses também precisa esperar para poder voltar a doar.
– Procedimentos e tratamentos de saúde
Não podem doar sangue pessoas que enfrentaram apendicite, hérnia, amigdalectomia e varizes nos últimos três meses ou que passaram por colecistectomia, histerectomia, nefrectomia, politraumatismos sem sequelas graves, tireoidectomia, colectomia nos últimos seis meses.
Aqueles que passaram por cirurgias de grande porte devem ficar até um ano sem doar, mas esse período pode variar de um procedimento para outro. Aqueles que passaram por cirurgias de pequeno e médio porte precisam esperar três meses para voltar a doar sangue. Quem passou por procedimentos com endoscópio deve esperar seis meses.
As pessoas que passaram por transfusão de sangue devem aguardar um ano e as que tomaram vacinas precisam respeitar o tempo de cada uma. Os imunizantes contra a covid-19, por exemplo, variam: quem tomou Coronavac deve esperar dois dias, os que foram vacinados com Astrazeneca, Pfizer ou Janssen, sete dias.
Viajar para locais com surto de doenças pode levar a um impedimento para que se doe sangue temporariamente, a exemplo de locais com surto de febre amarela ou Estados e países com prevalência de malária. Quem esteve em localidades do Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima, Maranhão, Mato Grosso, Pará e Tocantins deve aguardar 12 meses para doar, após o retorno, segundo a Fundação Pró-Sangue de São Paulo.
Doadores que foram expostos a situações consideradas de risco para infecções sexualmente transmissíveis (como contato sexual com alguém com teste positivo para HIV) devem esperar 12 meses após o episódio.
Como mencionado no início da reportagem, uma restrição controversa deixou de vigorar no país em maio de 2020. Até aquele momento, os bancos de sangue não aceitavam doação de homossexuais do sexo masculino ou de homens que tivessem feito sexo com homens nos últimos 12 meses. Além disso, um projeto de lei foi aprovado no final de 2021 proibindo a discriminação de doadores de sangue por causa da orientação sexual.
Restrições definitivas para doação
– Doenças e condições de saúde
Não podem doar sangue pessoas que tiveram malária, que fizeram uso de drogas ilícitas injetáveis e com evidências clínicas ou laboratoriais para o vírus HIV (Aids), hepatites B e C, doença de Chagas, vírus HTLV I.
Quem tem doença de Parkinson e problemas graves no coração, no pulmão, no rim ou no fígado também não pode doar.
Há algumas restrições para a doação de sangue, como gravidez e certas condições de saúde
Também não pode mais doar quem tem problemas de coagulação de sangue ou diabetes com complicações vasculares, além de quem recebeu transplante de órgão ou de medula.
Por fim, pessoas com menos de 50kg também não podem doar. Isso porque a quantidade de sangue está relacionada ao peso do doador: o cálculo é cerca de 8ml/kg em mulheres e 9 ml/kg em homens. Como a quantidade de anticoagulante presente na bolsa de sangue é para mínimo de 400 ml de sangue, uma pessoa com menos de 50kg não seria capaz de doar essa quantidade mínima.
Pode ocorrer algum problema com quem doa sangue?
A doação de sangue é considerada um procedimento seguro, predominantemente sem complicações, afirma a enfermeira Gabriela Esplendori, da Fundação Pró-Sangue, em artigo científico sobre reações adversas.
Segundo dados da Anvisa sobre a produção hemoterápica no Brasil em 2019, mais de 3,7 milhões de pessoas doaram sangue naquele ano e cerca de 64 mil delas tiveram algum tipo de intercorrência durante a doação (menos de 2% do total). Não há registro de nenhum problema grave.
De acordo com a Anvisa, em 30% dessas reações houve dificuldade de punção venosa (introdução da agulha na veia) e em 22% houve uma reação vasovagal, uma diminuição da pressão arterial e dos batimentos cardíacos que pode levar a desmaios, segundo o Ministério da Saúde. Mas, na maioria desses casos, afirma Esplendori, não há perda de consciência, mas tontura, palidez, queda de pressão e dos batimentos. Essa reação vasovagal pode estar mais associada a mulheres, doadores de primeira vez, jovens e pessoas com menos de 55kg.
“O questionário tem perguntas que se destinam a garantir essa segurança. Por exemplo, quem tem arritmia não doa, quem já fez alguma cirurgia cardíaca, não doa. Quem tem algumas condições neurológicas não pode doar. Quando você faz a doação, a pressão diminui. A doação ocorre num prazo de 10 a 15 minutos, então a queda abrupta da pressão vai exigir que o coração aumente o número de batimentos e, quando isso acontece, diminui o suprimento de oxigênio até mesmo para o próprio miocárdio”, explica Sabino.
Quem recebe o sangue doado?
Em geral, as pessoas que mais precisam das doações de sangue são aquelas que sofrem acidentes e que passam por procedimentos cirúrgicos ou tratamentos de saúde.
Pacientes com doenças crônicas graves como talassemia e doença falciforme, por exemplo, podem precisar de sangue doado.
Segundo o Ministério da Saúde, “a doação de sangue é um gesto solidário de doar uma pequena quantidade do próprio sangue para salvar a vida de pessoas que se submetem a tratamentos e intervenções médicas de grande porte e complexidade, como transfusões, transplantes, procedimentos oncológicos e cirurgias”.
Cada paciente recebe especificamente o tipo e a quantidade de sangue de que precisa, a partir do sangue doado anteriormente por outra pessoa (ou por ela mesmo em alguns casos) e que foi separado antes de chegar até ele. Cada componente sanguíneo é usado para uma indicação diferente.
Para Marques Júnior, da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular, muitas vezes o Brasil acaba “usando mal” o sangue disponível em pacientes que poderiam ser tratados de outra maneira, apesar dos programas para restringir ao máximo seu uso. “Em vez de transfundir sangue em uma anemia, por exemplo, em muitos casos vamos tratar a anemia, mesmo que o paciente demore mais para se recuperar”, argumenta o hematologista.
O que acontece da doação ao recebimento de sangue?
O ciclo do sangue doado tem diversas etapas, incluindo as triagens clínica, sorológica e imunológica feitas pelos candidatos a doação, a coleta, o processamento das bolsas de sangue, os testes feitos pós-doação e a transfusão.
1. Triagens
A etapa da triagem já é responsável por diminuir bastante a taxa e a possibilidade de transmissão de doenças infecciosas do doador para o receptor.
A primeira triagem realizada é a medição da pressão arterial, temperatura, batimento cardíaco, peso e um teste de anemia que mede a hemoglobina no sangue e qual classificação sanguínea.
Em seguida, há uma entrevista breve em que perguntas são feitas ao doador sobre seu estilo de vida, com respostas registradas sob sigilo. Mas algumas pessoas podem se sentir constrangidas, sentir medo ou vergonha de dar alguma informação que possa comprometer essa doação, por isso ao final desse processo há a possibilidade de o doador fazer um voto de autoexclusão para que seu sangue seja descartado.
2. Coleta de sangue total e por aférese
O doador fica em um poltrona onde o sangue é coletado de uma veia por meio de uma injeção, pela qual o sangue é transferido para uma bolsa de 450ml. Esse método é o mais comum e é chamado de coleta de sangue total.
A doação por aférese é feita com ajuda de uma máquina desenvolvida para colher apenas um componente do sangue desse doador. Esse aparelho aspira o sangue, separa o componente necessário e devolve para o doador o restante.
Existem pessoas que doam apenas as plaquetas, por exemplo, e podem doar mais vezes ao longo do ano do que o doador de sangue total, pois a velocidade de reposição das plaquetas é maior do que a dos glóbulos vermelhos.
Aliás, os glóbulos vermelhos são repostos em torno de 4 semanas após a doação, e o plasma em cerca de 24 horas. Mas o estoque de ferro precisa de 12 semanas para ser reposto em mulheres e 8 semanas nos homens, geralmente.
‘Algumas reações tardias podem acontecer naquela pessoa que, por exemplo, doa com frequência e não se alimenta bem. Ela pode ter uma ferropenia (deficiência de ferro), por isso também as doações tem que ter um intervalo entre elas que permita que o doador se recupere, não só do ponto de vista da anemia, mas também do seu estoque de ferro”, explica Sabino, da Fundação Pró-Sangue.
3. Pós-doação para o doador
Em geral, o doador fica cerca de 15 minutos no hemocentro fazendo uma pausa (e se alimentando) – se houver reação adversa, geralmente ocorre durante o processo ou logo em seguida à doação.
O sangue doado segue para o setor de fracionamento e armazenamento. Ali, o sangue total da bolsa é separado em seus componentes individuais (hemocomponentes): hemácias, plasma, plaquetas por meio de uma máquina de centrifugação. As bolsas de sangue são processadas por centrifugação refrigerada.
O princípio da hemoterapia moderna é baseada em transfundir apenas o componente que o paciente necessita, após avaliação clínica e laboratorial.
E o que antes era uma bolsa de sangue com 450ml se torna geralmente 3 bolsas – uma de hemácias (cerca de 280 ml), outra de plasma (170 ml) e finalmente uma de plaquetas (50ml).
Essas bolsas seguem para um estoque onde ficam em quarentena aguardando exames como os de doenças transmissíveis, tipagem sanguínea, pesquisa de sangues raros etc.
Os produtos sanguíneos são conservados com soluções anticoagulantes e preservadoras e soluções aditivas.
O sangue que estiver aprovado em todos os testes é então liberado para os hospitais.
Já o sangue coletado que apresenta reatividade sorológica é descartado. Dados da Anvisa apontam que apenas 0,4% das amostras de sangue testadas apresentaram algum tipo de reatividade sorológica, a exemplo de hepatite B, sífilis, HIV e doença de Chagas.
Como surgiu a transfusão de sangue?
Em um passado não muito distante, o sangue era comercializado no Brasil. Era uma época em que cerca de 80% das doações eram remuneradas, segundo especialistas. Isso criou nas pessoas a ideia de gratificação pela doação, o que atraiu grupos de pessoas de classes sociais mais pobres à procura de retorno financeiro.
Essa prática remunerada gerava diversos problemas sociais, éticos, econômicos e sanitários. Um deles é que, a princípio, essas pessoas eram mais vulneráveis e tinham mais problemas de saúde que a média da população, com menos acesso à assistência médica e taxas mais elevadas de doenças infecciosas ou crônicas. A remuneração poderia levar ainda à exploração econômica dessa parcela da população.
Em alguns países, havia também aqueles doadores que omitiam comportamentos de risco para garantir a doação e, por consequência, a remuneração. Inclusive doando mais do que poderiam, colocando sua saúde em risco.
Estudos apontam que sistemas de doação com recompensa financeira tinham uma taxa muito mais elevada de sangue com diagnóstico positivo de doenças infecciosas nos testes realizados em cada amostra doada. Além disso, muitos doadores dizem que a remuneração seria um desincentivo ético à prática.
Ou seja, pesquisas ao longo de décadas indicam que a doação voluntária eleva tanto a segurança do sangue doado quanto a quantidade de doações.
Com a nova Constituição, em 1988, o Brasil proibiu o pagamento por doações de sangue.
Mas toda essa história começou três séculos antes.
A circulação sanguínea começou a ser compreendida somente em 1606, por um médico inglês chamado William Harvey, que queria entender o funcionamento do coração. Apesar disso, a primeira transfusão de sangue efetiva foi feita 60 anos depois por outro médico inglês, Richard Lower. O procedimento foi feito com outros animais.
Duas das primeiras transfusões de sangue humano documentadas ocorreram em 1795, por meio do médico americano Philip Syng Pysik, e em 1808, com o médico inglês James Blundell.
Mas os tipos sanguíneos (dado essencial para transfusões) só seriam descobertos um século depois, em 1900, com o imunologista americano Karl Landsteiner. Ao entender o funcionamento dos tipos A, B e O, ele percebeu ali que não se deve misturar sangues incompatíveis. A pesquisa lhe renderia um Prêmio Nobel.
É nesse momento que a hemoterapia (tratamento com uso de sangue) entra em sua fase mais científica, e menos empírica, segundo especialistas.
Mas como estocar o sangue doado sem soluções anticoagulantes, até então inexistentes? A saída foi transferir diretamente de um braço para outro. E apenas quando foi inventada uma solução anticoagulante à base de citrato de sódio é que se pode pensar em criar bancos de sangue com estoques mais duradouros. O primeiro serviço de transfusão foi feito na Guerra Civil Espanhola (1936-39).
Havia ainda outro obstáculo às transfusões: o fator RH (rhesus), que seria descoberto na década de 1940. Uma pessoa com sangue Rh negativo só pode receber doação de sangue Rh negativo, por exemplo, para não haja formação de anticorpos depois da transfusão.
O tipo O negativo é considerado o doador universal (pode ser recebido por pessoas com qualquer tipo sanguíneo), e correspondeu a 7 em cada 100 doações em 2019 no Brasil. Os dois tipos mais doados naquele ano no país foram O positivo (43 a cada 100) e A positivo (32 em cada 100).
Fonte: bbc.com