MT: Do ‘inferno ao céu’ dentro do Ministério Público Estadual

MT:  Do ‘inferno ao céu’ dentro do Ministério Público Estadual
Compartilhar

Nomeado desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) pelo Quinto Constitucional, o promotor de Justiça Marcos Regenold teve uma trajetória do inferno ao céu na última década dentro do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT).

Tudo começou em 2013 quando ex-secretário de Fazenda Éder Moraes, apontado como um dos operadores da Operação Ararath, buscou o MP de Mato Grosso buscando um acordo para uma colaboração premiada por temer que as investigações do MPF chegassem até ele por conta da delação do empresário Gerson Marcelino Mendonça Júnior, conhecido como Júnior Mendonça.

Éder disse aos investigadores que gostaria de colaborar, mas não oficialmente, porque se candidataria ao cargo de deputado estadual nas eleições de 2014.

Após as deflagradas as 3 primeiras fases da operação, Regenold, que na época atuava no Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), acabou aparecendo em algumas interceptações telefônicas do MPF em conversas como Éder Moraes.

No dia 19 de fevereiro de 2014, quando foi realizada busca e apreensão na casa de Éder, o investigado ligou para Regenold para reclamar do caso.

Éder Moraes telefonou ainda cedo (6h37) para o promotor de Justiça Marcos Regenold para informar a situação, demonstrando espanto, como se esperasse que o promotor de Justiça Marcos Regenold tivesse alguma influência na investigação, diz trecho de um dos relatórios sobre o ocorrido. Éder demonstra que esperava estar protegido pelo suposto canal criado, por intermédio do componente do Gaeco, entre ele e a Polícia Federal, completa.

Por conta desta interceptação, o MPF desconfiou que Regenold e o MP mato-grossense poderiam estar atrapalhando as investigações e citaram na época o episódio que ficou conhecido como Escândalo das Cartas de Crédito, quando promotores e procuradores do MPMT teriam recebido pagamentos supostamente indevidos que provocaram rombo de R$ 110 milhões nas contas públicas, segundo dano calculado por uma CPI aberta na Assembleia Legislativa.

A PF chegou a pedir a prisão de Regenold, o que foi negado pela Justiça Federal. Durante a 5ª fase da Operação Ararath, na qual ele é citado durante as investigações, o chefe do MP na época, Paulo Prado, o afastou das funções e abriu um PAD para investigá-lo.

Apesar de tudo, o PAD e as suspeitas contra o promotor foram arquivadas, chegando a ganhar reconhecimento por conta de sua atuação no Gaeco.

Leia a reportagem completa na edição de A Gazeta

Fonte:    gazetadigital.com.br


Compartilhar
0 0
Happy
Happy
0 %
Sad
Sad
0 %
Excited
Excited
0 %
Sleepy
Sleepy
0 %
Angry
Angry
0 %
Surprise
Surprise
0 %