Em países como EUA, Japão, Austrália, Reino Unido e de partes da União Europeia, o medicamento é proibido desde meados de 1970, devido à associação à agranulocitose.
A dipirona é um medicamento conhecido por sua eficácia no alívio da dor e redução da febre. No entanto, sua situação regulatória varia significativamente ao redor do mundo. Embora seja amplamente utilizada e vendida no Brasil, nos Estados Unidos e em algumas partes da Europa, a dipirona é proibida.
O medicamento, também conhecido como metamizol, é usado para analgesia e antipirético, que tem sido uma escolha comum para o tratamento de dores leves a moderadas e febre no Brasil. Sua popularidade é atribuída à sua rápida ação e eficácia, tornando-a uma escolha popular entre a população e profissionais de saúde. No entanto, sua utilização não é sem controvérsias.
Proibição em algumas partes do mundo
Em meados de 1970, o medicamento foi suspenso em países como EUA, Japão, Austrália, Reino Unido e de partes da União Europeia, devido a estudos feitos em 1964 que o associaram a uma condição rara, mas grave, chamada agranulocitose, que pode resultar em uma redução perigosa dos glóbulos brancos no corpo, tornando-o mais suscetível a complicações graves.
No entanto, a partir de 1980, o Estudo Boston foi realizado em oito países, entre eles, Israel, Itália, Hungria, Alemanha, Bulgária, Suécia e Espanha. O estudo envolveu dados de 22,2 milhões de pessoas. O resultado foi a incidência de 1,1 caso de agranulocitose para cada 1 milhão de pacientes que utilizaram a dipirona — o que é considerado uma frequência baixa em relação à quantidade de indivíduos.
Num estudo realizado em Israel, onde foram analisados 390 mil pacientes internados, foi determinado um índice de risco de apenas 0,0007% para o desenvolvido dessa mudança no sistema sanguíneo, enquanto a probabilidade de óbito em ocorrência deste incidente adverso foi presumida em 0,0002%.
Uso da dipirona no Brasil
A Dipirona, conhecida comercialmente por nomes como Novalgina e Neosaldina, é um dos medicamentos mais populares no Brasil para o alívio da dor e da febre. Sua presença nas prateleiras das farmácias é praticamente uma constante, sendo muitas vezes a primeira escolha dos brasileiros para combater desconfortos físicos.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o medicamento que pode ser adquirido sem receita médica, foi comercializado mais de 215 milhões de doses no país em 2022.
Fonte: lorena.r7.com