Neste 1° de dezembro, Dia Mundial de Combate à AIDS, o Conselho Federal de Odontologia (CFO e os Conselhos Regionais de Odontologia (CROs) evidenciam a importância do cuidado odontológico ao paciente com o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV).
A luta contra a AIDS está longe de terminar. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 40 milhões de pessoas estejam infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana no mundo e que 16 mil novas infecções ocorrem todos os dias, sendo a quarta causa de morte no mundo. A mortalidade tem diminuído significativamente devido às terapias antirretrovirais disponíveis atualmente e ao aumento da adesão a essas terapias.
A transmissão do HIV pode ocorrer através de relações sexuais sem preservativo; o uso de seringas por mais de uma pessoa; sexo oral sem preservativo; a transfusão de sangue contaminado; entre a mãe infectada e o filho durante a gravidez; o parto e a amamentação e instrumentos que furam ou cortam não esterilizados.
O Cirurgião-Dentista é capaz de identificar as manifestações bucais que estão relacionadas ao HIV, uma vez que é alta a probabilidade de surgirem lesões na cavidade oral em pacientes com o vírus, como a candidíase, a leucoplasia pilosa, a doença periodontal, as lesões por HPV (Papilomavírus Humano) e as ulcerações. A candidíase pseudomembranosa é a infecção mais frequente, seguida pela queilite angular e alterações periodontais.
É importante que o paciente vivendo com HIV informe a sua condição ao Cirurgião-Dentista antes da consulta. Em seguida, cabe ao Cirurgião-Dentista realizar uma análise minuciosa para identificar as alterações causadas pelo HIV. É recomendável que o profissional verifique os medicamentos utilizados pelo paciente.
O diagnóstico precoce da infecção e o tratamento com os anti-retrovirais são de extrema importância e podem melhorar a qualidade de vida do paciente infectado. Os testes para identificar a infecção pelo HIV são realizados através da coleta de sangue. O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza, gratuitamente, exames laboratoriais (como Elisa anti-HIV) e testes rápidos, com duração inferior a 30 minutos. O HIV tem tratamento e, quanto mais cedo for diagnosticado, melhor será a qualidade de vida da pessoa portadora do vírus.
Fonte: website.cfo.org.br