DEU NA GAZETA: Lancha apreendida liga investigados por desvios na Saúde de Cuiabá e Várzea Grande

DEU NA GAZETA: Lancha apreendida liga investigados por desvios na Saúde de Cuiabá e Várzea Grande
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O empresário Fernando Metelo, preso na Operação Fenestra, e o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues, detido em outras ações policiais por acusações de corrupção, têm ligações comerciais. Uma lancha apreendida na Operação Curare, no bojo da fase denominada de Cupincha, pela Polícia Federal, detalha a relação entre os dois acusados de fraudar a saúde, ainda que em diferentes investigações. Ambos estão soltos.

Metelo, conforme investigação da PF, era o proprietário da lancha apreendida. A informação consta no inquérito policial que A Gazeta teve acesso e traz diálogos em que Célio trata da lancha comprada por R$ 720 mil.

Com o cumprimento do Mandado de Busca e Apreensão no 545/2021 (fls. 462-463), na Marina Morro do Chapéu, foi possível identificar a embarcação com sendo a lancha modelo Cimitarra 380 HT, de 38 pés, fabricada em 2014, registrada no SISGEMB sob o no 5210235157 e com denominação CABULOSA III. De acordo com a Informação no 020/2021-SIP/SR/PF/MT (fls. 470-473), os dados colhidos no local indicam a venda do bem de FERNANDO para CÉLIO, embora ainda se encontre cadastrado no estabelecimento em nome do primeiro, diz trecho do relatório da PF.

A informação consta também no depoimento do próprio empresário, que confirmou a venda do bem para Célio Rodrigues, porém foi utilizado um terceiro, chamado de Liandro, para a realização formal da compra e venda, destacando que Célio chegou a pedir para testar a embarcação.

Quanto ao pagamento, Fernando Metelo afirmou que recebeu R$ 367.500,00, sendo R$ 10.000,00 em espécie, R$ 37.500,00 por meio de PIX e o restante foi pago pela transferência de outra embarcação, pelo valor de R$ 320.000,00. Já o outro sócio teria recebido R$ 353.000,00, sendo R$ 100.000,00, aos quais se somaram R$ 253.000,00 em dinheiro, completa o documento.

A PF afirma que Célio Rodrigues comprou carros, imóveis, lancha e uma cervejaria, com recursos desviados do esquema de corrupção na Empresa Cuiabana de Saúde Público e da Secretaria municipal da capital.

Uma das hipóteses levantada pela PF foi de que Fernando Metelo poderia ter sociedade com Célio e sua esposa. Porém, até o momento isso não foi confirmado.

Entenda as investigações

A Operação Cupincha, 2ª fase da Curare, foi deflagrada em outubro de 2021 e culminou na prisão do ex-secretário Célio Rodrigues e mais duas pessoas. A operação apura desvios de R$ 100 milhões dos cofres do município.

Já a Operação Frenesta foi deflagrada na última segunda-feira (22) pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) com 22 mandados para apurar suposto esquema de desvio de medicamentos da farmácia da Unidade de Pronto Atendimento (UPA Ipase) da região. Três pessoas foram presas, porém soltos em menos de 10 horas.

A reportagem entrou em contato com o advogado Leonardo Bernazoli, que faz a defesa de Metelo. Segundo ele, não tem conhecimento do caso e que só depois que conversar com o seu cliente é que poderá se manifestar.

Fonte: gazetadigital


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