Cuiabá dos Meus Encantos: Poder Judiciário presta homenagem aos cuiabanos raiz e de coração

Cuiabá dos Meus Encantos: Poder Judiciário presta homenagem aos cuiabanos raiz e de coração
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Em 8 de abril de 1719, Pascoal Moreira Cabral assinava a ata da fundação de Cuiabá, no local conhecido como Forquilha, às margens do rio Coxipó. Neste sábado, quando a capital comemora 304 anos, magistradas, magistrados, servidoras e servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso, prestam sua homenagem à terra acolhedora que a todos recebe.
A generosidade cuiabana repleta de acolhimento, bênçãos e calor humano foi reconhecida pela presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargadora Clarice Claudino da Silva, como alguns dos principais valores conservados pelo povo cuiabano ao longo do tempo.
“Tenho no aniversário de Cuiabá mais uma grande oportunidade de agradecer o calor humano, a afetuosidade e a gentileza com que sempre fui recebida. Tenho a cuiabania enraizada na minha vida, embora eu seja mato-grossense do interior do Estado. Aqui estão as sete preciosidades que me foram dadas por Deus na minha vida, que são meus sete netos, o que por si só tem um valor imensurável. Cuiabá é uma cidade abençoada, um povo muito abençoado, que acolhe. Eu tenho muita gratidão  por essa Cuiabá calorosa. Parabéns a essa gente maravilhosa, que com o coração aberto faz com que nós nos sintamos nascidos aqui, filhas e filhos de Cuiabá”.
A desembargadora Helena Maria Bezerra Ramos, diretora da Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso (Esmagis-MT), é cuiabana e a vivência simples e afetuosa entre as famílias e moradores da Cuiabá de outros tempos deixou saudades.
“Me lembro com enorme saudade da infância com a minha família e das brincadeiras com os meus filhos debaixo das mangueiras, no bairro Popular. O viver cuiabano tem essa característica de alegria, simplicidade, de recepcionar calorosamente quem chega de fora, de sentar na calçada para conversar. Tudo com muita simplicidade. Mesmo com os avanços e essa vida acelerada dos dias de hoje, esse cuidar cuiabano, o linguajar que só Cuiabá tem, marca e acolhe a todos. Orgulho da terra onde nasci, criei meus filhos e me deu a oportunidade de prosperar”, comenta a magistrada.
Nascido em Goiás, mas cuiabano de coração, o juiz Antônio Veloso Peleja Júnior lembra com carinho quando assumiu o cargo de professor em 2015, na Universidade Federal de Mato Grosso.
A posse permitiu ao magistrado unir o trabalho dedicado ao Poder Judiciário e o oficio do magistério. “Cheguei em Cuiabá há 12 anos e logo me encantei pela cidade. Impossível resistir ao calor humano do cuiabano. E ainda tem a culinária, que lembra muito a gastronomia goiana, com as suas pamonhas, o pequi, o bolo de arroz. Sem dúvida é a culinária afetiva que nos remete a lembranças que aquecem o coração e nos fazem, com o tempo, nos sentirmos mato-grossenses e cuiabanos de coração.”
Histórias como a da Família Cyríaco, do cuiabano Roberto Cyríaco da Silva, 51 anos, coordenador de Infraestrutura e servidor efetivo do Tribunal de Justiça há 25 anos, são episódios que ainda hoje marcam a vida dele, nascido e criado aqui.
O cenário é 1934 em uma clareira aberta em pleno cerrado chamada “quintal grande”. Conta Roberto que seu avô, o cuiabano Benedito Nunes de Siqueira, decidiu doar uma área de aproximadamente 150 metros de extensão que compreendia uma faixa de terra localizada entre a Rua Marechal Deodoro até a Escola Presidente Médici. O lugar fazia limite com os quintais localizados em um grande campo largo, de poucas casas, muito cerrado e alguns “trieiros” (trilhas marcadas pelo uso comum). Doada em nome do progresso, a área mais tarde se tornou a Avenida Mato Grosso.
“A história da minha família é a história das famílias que cresceram com Cuiabá. Meus avós se casaram no quintal grande e de lá se mudaram para a região do Despraiado. Ainda me lembro das lamparinas a querosene e das crianças brincando às margens do córrego Despraiado. Meu avô era um visionário. Como pedreiro participou da construção da Igreja Nossa Senhora de Santana, em Chapada dos Guimarães, da construção da BR-070 para Cáceres, abriu as rodovias para Rondônia. Quando o direito ao voto foi instituído, meu avô ensinava as pessoas que não sabiam ler e escrever a decorar o desenho das palavras e dos números para marcar na cédula”, recorda Roberto Cyríaco.
#Paratodosverem. Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Primeira imagem: Arte gráfica horizontal com representação de prédios e casas de Cuiabá. No topo está a frase: Cuiabá 304 anos. Uma homenagem do Poder Judiciário de Mato Grosso. Segunda imagem: Foto da presidente Clarice Claudino. Ela sorri para a foto. Terceira imagem: foto vertical da desembargadora Helena Maria, de toga preta. Ela está com cabelo preso e sorri para a foto. Quarta imagem: Juiz Antonio Peleja em foto vertical. Ele usa terno azul marinho, gravata e camisa azul clara. Quinta imagem: Montagem. Duas fotos horizontais juntas. Acima está uma foto preto e branco, com vários homens, entre eles o avô de Roberto Cyríaco, no canto direito da imagem. Na foto de baixo está Roberto Cyríaco quando criança e os irmãos, juntamente com o pai, em um quintal com o rio Coxipó ao fundo.
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Naiara Martins 
TJMT 

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