Maria Almeida, de 68 anos, foi morta dentro de sua residência, na região do Pedra 90
A residência da vítimas após o criminoso atear fogo no local
A Polícia Civil concluiu nesta sexta-feira (13) o inquérito que apurou o assassinato de Maria de Almeida Gonçalves, ocorrido no dia 6 de janeiro, em Cuiabá. O namorado da vítima foi indiciado por feminicídio, meio cruel, motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
Ele também pode responder pelos crimes de destruição de cadáver e incêndio majorado.
Maria, de 68 anos, foi morta a golpes de arma cortante, degolada e ainda teve o corpo parcialmente queimado, dentro de sua residência, no Jardim São Paulo, na região do Pedra 90, em Cuiabá.
Após matar a vítima, o autor ainda saiu na frente da casa gritando para a vizinhança e armado com a mesma faca com que atingiu a vítima. A Polícia Militar foi acionada após vizinhos avistarem fumaça saindo da residência de Maria.
Ao chegar na casa, os policiais perguntaram ao criminoso se tinha alguém no local, ao que ele respondeu: eu matei!, demonstrando frieza e celebrando a ação criminosa.
A vítima foi encontrada dentro da casa, com um corte profundo no pescoço e parcialmente carbonizada, aparentemente já sem vida.
Durante interrogatório na DHPP, o indiciado de 41 anos confessou o crime e disse que no dia ele começou uma discussão com a vítima e depois desferiu diversas facadas nela, a atingindo em áreas vitais como abdômen, pescoço e peito.
Depois, ele tentou decapitar a vítima que aparentava já ter morrido e, em seguida, ateou fogo em Maria, destruindo parcialmente o corpo da vítima. Posteriormente, incendiou a residência, destruindo completamente a casa que foi construída pela vítima.
Depoimentos
Familiares da vítima ouvidos pelo delegado Marcel Oliveira atestaram que Maria Almeida era uma tranquila, pacífica e costumava se dar bem com todas as pessoas com quem se relacionava. Uma filha da vítima pontuou que não imagina o que possa ter motivado tanta raiva no autor do crime para ter agido com crueldade.
Uma filha declarou ainda a mãe possa ter tentado terminar o relacionamento com o suspeito e única queixa que a vítima tinha em relação ao suspeito era o fato dele exagerar no consumo de bebida alcoólica.
Maria namorava o autor há três meses e a investigação demonstrou que o relacionamento entre os dois era carinhoso. “Porém, as provas técnicas mostraram a forma fria e sórdida do indiciado que, após esgorjar a vítima, sentou-se diante do corpo e se debruçou sobre a cena do crime registrando uma fotografia daquela atrocidade”, observou o delegado.
A perícia da Politec apontou que a causa do óbito ocorreu por choque hemorrágico devido à anemia aguda causada pela lesão que atingiu vasos cervicais (carótida e jugulares), além de lesão da aorta.
Além disso, a vítima sofreu asfixia por lesão traqueal e a queimadura em extensa área do corpo.
“A motivação do crime está relacionada ao feminicídio e possível vontade de desatar o relacionamento por parte da vítima, diante do alcoolismo do indiciado”, acrescentou Marcel.
Após o auto de flagrante no dia do crime, o delegado representou pela conversão em prisão preventiva do autor do homicídio, que segue preso em unidade penitenciária da Capital.
Fonte: midianews